Na feira de Garanhuns, no agreste de Pernambuco, a mão-de-obra infantil é explorada sem qualquer disfarce, numa naturalidade assustadora. São centenas de meninos e meninas cada vez menores, cada vez mais novos.
Quando o dia amanhece, começa a correria na feira de Garanhuns, no agreste de Pernambuco. Poderia ser em qualquer feira do interior do Nordeste. A rotina é muito parecida até no seu lado mais triste.
Lá, a mão-de-obra infantil é explorada sem qualquer disfarce, numa naturalidade assustadora. São centenas de meninos e meninas cada vez menores, cada vez mais novos.
Três primos e o mesmo sacrifício: empurrar o carrinho cheio de compras em troca de uma moeda pra cada um. A recompensa é pequena. Leonardo, o mais velho, de 7 anos, trabalha descalço.
Os meninos mais novos, mais franzinos não conseguem empurrar o carrinho de mão comum, mas nem por isso estão livres do trabalho precoce. Eles usam um carrinho menor.
Mesmo assim, José Victor, de 8 anos, tem dificuldade para manobrar a principal ferramenta de trabalho. Ele apoia o carrinho nos ombros pra dar conta.
Muitos meninos carregam e esperam para levar as mercadorias. O trabalho nas feiras livres é o que envolve maior número de crianças e adolescentes em Pernambuco. Lá, entre barracas de lona, a infância é tratada como uma mercadoria sem valor.
Um pesadelo que ignora a infância por completo. Duas meninas, que são primas, descascam o feijão de corda com uma agilidade impressionante - sinal de que estão acostumadas com a tarefa. Com apenas 10 e 12 anos de idade, já são veteranas no trabalho na feira.
Globo Repórter: Desde quando você trabalha?
Menina: Desde os 6 anos de idade.
Globo Repórter: Quem te levou pra trabalhar?
Menina: Minha mãe.
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