Tem umas mortes que mexem mais com a gente. Torce na hora que não seja verdade. Senti isto, neste sábado, ao saber da morte de Heleno.
Antigo colega bancário, Heleno foi sempre uma pessoa muito carismática, daqueles que todos gostam dele. Simples, tinha amigos em toda a cidade. Jogava bola como um craque, e foi ídolo de várias gerações nos times da cidade. Um toque refinado, bom senso e inteligência.
Mas em especial, Heleno era de Fátima. Uma família unida, que ficou marcada pela perda de Fagner, seu filho. Assassinado covardemente. Do casal, tem ainda Isabelle.
Fátima é uma guerreira, lutou pela justiça da morte de seu filho, virando um símbolo na cidade. Heleno e Fátima superaram juntos (se é que isso é possível) o trauma familiar.
Mas aí o destino foi mais uma vez cruel, e leva o ex-bancário, ex-atleta e pai de família para um descanso. Jovem, deixa a esposa e a filha, que terão que mais uma vez superar uma perda traumática, de repente, por um ataque cardíaco.
A gente deseja que o conforto de Deus permita que a dor da perda se transforme logo em saudade, e que possam contar com familiares e amigos para superar a ausência desse nosso amigo.