quarta-feira, 6 de novembro de 2013

ARTIGO: A derrubada dos eucaliptos - Por Ivan Rodrigues


Quando divulguei um texto referindo a Lei de Acesso à Informação, já antecipava que: “sem querer discutir ainda a conveniência técnica e oportunidade da derrubada das árvores do Parque Euclides Dourado que discutiremos mais adiante noutras postagens da série que proponho” entendo que, esgotada a preliminar, chegou a hora de iniciarmos uma discussão séria e desapaixonada sobre o assunto.

Busquemos, antes de mais nada, os pontos de convergência que resultam dos debates e comentários ocorridos sobre a questão, a saber:

1. – Todos lamentam a derrubada dos eucaliptos do Parque Euclides Dourado, que tem o nome do Prefeito que o criou em 1927, ou seja, há exatos 86 (oitenta e seis) anos;

2. – Todos reconhecem que as árvores, como de resto todos os seres vivos, são sujeitas à distúrbios decorrentes do mal trato, descuido na sua manutenção, manuseio inadequado, pragas e doenças e, sobretudo, predação humana;

3. – Todos admitem a necessidade de providências para erradicar, DE FORMA SELETIVA, as árvores comprovadamente doentes, caso não haja solução para a eliminação das pragas observadas;

4. – Não interessa a ninguém abrir espaços livres, mediante a derrubada indiscriminada dos eucaliptos, a não ser que existam interesses subalternos que a sociedade desconhece e repudia;

5. – Todos se preocupam com a possibilidade da ocorrência de quedas imprevistas de árvores que ponham em risco a integridade física do grande número de pessoas que desfrutam dos encantos do Parque;

6. – Sem descurar dessa preocupação, observa-se que durante todo o longo período de sua existência, não há registro de qualquer acidente decorrente de quedas de árvores ou de seus galhos;

7. – Sem teimosia, a população cobra do Poder Público a exibição de um laudo técnico fito-sanitário (nunca apresentado) que comprove a população arbórea afetada, indicando as unidades atingidas sem possibilidade de recuperação, as unidades passíveis de tratamento e recuperação e as unidades sadias.

Diante do que está exposto acima como consenso, entendemos que haveria uma unanimidade entre a Sociedade e o Poder Público Municipal pra resolver a questão de forma racional, objetiva e saudável para a comunidade garanhuense, com a adoção de providências no sentido de:

1. - A Prefeitura contratar a elaboração de um laudo técnico fito-sanitário, por instituições ou profissionais qualificados, com o diagnóstico da situação do bosque de eucaliptos do Parque Euclides Dourado, identificando: 
A) as patologias constatadas nas árvores do bosque do Parque Euclides Dourado, 
B) unidades condenadas sem possibilidade de recuperação, 
C) as unidades sadias que deverão ser mantidas em sua integridade e 
D) as unidades passíveis de recuperação através de tratamento técnico-científico adequado para erradicação das patologias observadas;

2. - O Laudo deverá, ainda, definir um projeto de reposição das árvores derrubadas até agora, em prazos e espécimes compatíveis com o pronto restabelecimento do Parque e eliminar o mais rápido possível o triste aspecto que tomou a área derrubada;

3. – Iniciar, com a rapidez possível, o replantio das áreas já desmatadas;

4. – O Poder Público Municipal não admitir, sob nenhuma hipótese, qualquer desvio de finalidade do uso do Parque Euclides Dourado que não seja a que perfilou o objetivo de sua criação;

5. – Manter, de forma radical e sem admitir qualquer tolerância, a atual integridade territorial do Parque, não permitindo, sob qualquer hipótese, qualquer redução de sua área.

Feito isso, todos os garanhuenses irão confraternizar – Governantes e Governados – com a festa da conciliação de objetivos maiores que as vaidades pessoais e prevalência do bem-comum. 

Aleluia! Está aberto o debate!

Do amigo, Ivan Rodrigues.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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