Geovani e Guilherme Uchoa |
O presidente da Assembleia Legislativa do estado, Guilherme Uchoa, esteve em Garanhuns na última sexta-feira para o evento que marcou o lançamento das pré-candidaturas de Geovani Oliveira, a deputado estadual, e Marinaldo Rosendo, a federal.
Com a presença de lideranças regionais, a mesa foi formada ainda por dois ex-prefeitos, Luís Carlos de Oliveira, de Garanhuns, e Audálio Ferreira, Bom Conselho, que abriram a ordem das falas. Ambos preferiram um discurso ameno, citando a importância de representação local na assembleia e em Brasília. Geovani nasceu em Garanhuns e Marinaldo, embora ainda prefeito de Timbaúba, tem negócios em Garanhuns que geram mais de 250 empregos diretos.
Geovani preferiu reforçar sua história, citando sua formação nos colégios da cidade e sua militância política, iniciada no movimento estudantil local. Marinaldo registrou os avanços de sua administração em Timbaúba, onde foi reeleito com 97% dos votos válidos. Citou várias atitudes que levaram a conquistar a simpatia da população.
E coube a Guilherme Uchoa o discurso mais político da noite. Lembrou de suas passagens por Garanhuns, onde foi juiz substituto, quando assumiu por mais de dois anos a comarca de Palmeirina. Fez uma defesa do governo Eduardo Campos, e a partir daí começou a tecer várias considerações, com algumas provocações indiretas.
Guilherme, deputado há 20 anos e reeleito presidente da ALEPE por três vezes consecutivas, disse que nunca veio pedir um voto em Garanhuns porque não acha legítimo. "Não tenho serviço prestado aqui que possa pedir o voto de alguém. Tenho a região onde aumento minha votação a cada eleição, chegando aos 100 mil no último pleito". Disse isto para revelar que acha legítimo que Geovani e Marinaldo possam fazer suas campanhas na cidade.
Em dado momento, Guilherme disse que Garanhuns parou no tempo, e que precisa de uma representação que de fato consiga as coisas para cidade, e citou diversas ações em Timbaúba. "Um deputado que diz que não pode fazer nada, que não dá pra fazer nada, é melhor deixar a vida pública. É claro que fazemos sim. Tenho diversas ações nos municípios onde fui votado".
Guilherme citou várias vezes a palavra humildade, parecendo um mantra e um recado que este pode ser um dos motes da campanha. E até citou o ex-prefeito Luís Carlos como exemplo: "É o mesmo homem, quando estava no poder e agora". O presidente da ALEPE recordou a forma como o ex-prefeito o tratou na época de seu acidente de moto, quando vinha para a MotoFest.
Quando Guilherme afirmou que Garanhuns parou no tempo, disse que falta incentivar o emprego e renda, e soltou mais uma indireta: "Tem gente que não trouxe uma fábrica de picolé", em outro momento disse que não dá pra viver só de festa.
Guilherme Uchoa também falou da importância dos políticos, e que a pior coisa que pode acontecer é um candidato deixar sua campanha pela metade, desistir, deixando seus correligionários pelo caminho. Um ex-auxiliar de Luís Carlos que estava sentado próximo à imprensa, disse: "Foi o que Silvino fez com a gente". Pode até não ter sido para o ex-prefeito, mas deixou a impressão, mostrando que um dos homens de confiança de Eduardo Campos está informado sobre a política local.