ASCOM GARANHUNS
Desde o mês de janeiro deste ano, a produção agrícola de Garanhuns, localizado no Agreste Meridional de Pernambuco, tem nova cultura, a pitaya – planta da família das cactáceas. Originária da América Central, a produção da fruta, no município, teve início ainda no ano de 2011, quando o engenheiro agrônomo e produtor João Almeida trouxe mudas do estado de São Paulo. A primeira colheita será feita em junho. A expectativa é que os 230 pés de pitaya resultem de 800 a mil quilos do fruto, o equivalente a uma tonelada. No próximo ano, a produção deve dobrar.
A pitaya é encontrada, naturalmente, nos habitats sombreados das florestas tropicais do México. As brácteas externas da fruta lembram as escamas de um dragão, sendo conhecida também como “dragon fruit”, isto é, “fruta do dragão”. No Brasil, existem pequenas áreas de produção situadas, principalmente, nos estados do Ceará, na região nordeste, e de São Paulo, sudeste do país. Em Pernambuco, ela era produzida apenas em Petrolina, começando agora a ser produzida, também, em Garanhuns.
De acordo com o secretário de Agricultura e Abastecimento de Garanhuns, Epaminondas Borges Filho, a pitaya produzida no município apresenta uma excelente qualidade, tanto no tamanho dos frutos, em que alguns exemplares passam de 800 gramas, quanto no sabor, que é muito doce e saboroso.
“A pitaya é uma alternativa de renda para os pequenos produtores do município que precisam diversificar sua renda. Ela é de uma cultura rústica, de fácil manejo. Entretanto, apesar de pertencer a família das cactáceas, ou seja, dos cactos, ela necessita de muita água. Essa necessidade hídrica pode ser contornada através das cisternas tipo calçadão, que estão sendo construídas no município. Como essa cisterna tem capacidade de armazenar 52 mil litros de água, ela é capaz de fornecer água para irrigar vários pés de pitaya durante todo o período seco do ano”, destaca.
O produto vem sendo comercializado nas melhores casas de frutas do Recife. Na cidade de Garanhuns, o produtor João Almeida está comercializando a fruta na feira livre que ocorre todas as quintas feiras, na Avenida Oliveira Lima, bairro Heliópolis. “A pitaya está despertando a curiosidade dos consumidores da feira e agradando muito devido ao seu sabor. Ela é rica em vitaminas, fósforo e oligossacarídeos, que auxiliam o processo digestivo e previne o câncer de cólon ou diabetes”, segundo João Almeida.