A família Campos e o forte PSB de Pernambuco já deram o recado: Marina deve ser a candidata a presidente, substituindo Eduardo Campos, morto em acidente. Por três fontes diferentes, a decisão foi comunicada em forma de comunicados e entrevistas. O primeiro foi o irmão de Eduardo, Antônio Campos, que defendeu abertamente o nome da vice, e enviou nota com o posicionamento para a Executiva Nacional do partido, da qual Eduardo era presidente indiscutível.
O segundo foi o filho de Eduardo, João Campos, que disse que os ideais do pai continuariam. Interpretando, entendemos que ele próprio entrará na política, como já poderia ter sido candidato a deputado federal este ano, mas também que os ideais nacionais do pai continuam representados na pessoa de Marina Silva.
O terceiro foi o próprio governador do estado, João Lyra, que defendeu publicamente o nome de Marina.
Os partidos que compõem a coligação também já se manifestaram a favor da acreana, através de seus representantes.
Então, porque a candidatura de Marina não é natural?
Há dentro do PSB uma ala forte governista, próxima ao PT, e neste exato momento devem estar sendo convocados a levar de volta o partido para a base aliada. Seriam muito bem tratados.
Mas os ideais de Campos seriam enterrados juntos com ele, pois era justamente contra o status quo que ele se insurgia! E a única forma do PSB de Eduardo continuar forte e pujante é na candidatura de Marina Silva. Eduardo não saiu para voltar para os braços do Planalto.