Eduardo Campos estava conseguindo uma façanha, a de unir adversários históricos nos municípios. Foram vários exemplos no estado, só aqui no Agreste várias cidades tinham praticamente todos os seus políticos defendendo Paulo Câmara e o próprio Eduardo para presidente. Exemplos como Lajedo (com o prefeito Rossine e os Dourado), Jucati (com Gerson e Moisés), Bom Conselho (com o prefeito Dannilo e a ex, Judith), Correntes (com o prefeito Edimilson e o ex, Júnior Lúcio), entre outros.
Em outras regiões, e cidades até maiores como Caruaru (com Zé Queiroz, João Lyra, Jorge e Laura e, até, Tony Gel e Miriam Lacerda), também aconteceram situações semelhantes. Na maioria delas os acordos serão cumpridos, e os grupos seguem defendendo os candidatos da Frente Popular, mesmo que em palanques separados, como Lajedo e Bom Conselho.
Entretanto, os movimentos visando a eleição de prefeito em 2016 foram inviabilizando a continuidade dos palanques unidos em alguns municípios. Lembro que o próprio prefeito Izaías Régis certa vez disse que era natural, "se um lado vai pra lá, o outro vem pra cá."
Portanto, estes rompimentos viriam naturalmente quando a eleição de prefeito se aproximasse, melhor que seja agora, para que se possa influenciar na eleição de governador, e se busque suporte para a campanha futura.
Em Jucati, o prefeito Gerson Henrique (PTB de Armando) foi o primeiro no estado do lado trabalhista a anunciar apoio a Eduardo e Paulo Câmara. Curiosamente seu principal opositor no município é do PSB, partido governista, que ficou sem espaço para trabalhar uma futura candidatura municipal apoiada pela Frente Popular. Moisés e seu grupo, mesmo do PSB, fez o caminho para Armando, garantindo o apoio em 2016 no embate com Gerson Henrique.
Situação parecida aconteceu em Correntes, onde Júnior Lúcio (PP), deve disputar contra o prefeito Edimilson da Bahia, que é do PSB. Sem a garantia do apoio da Frente Popular para a disputa em 2016, Júnior Lúcio preferiu romper e garantir o apoio de Armando.
Estes apoios estão sendo alardeados como debandada, como se o principal propósito fosse se integrar a uma campanha que já se considera vitoriosa, quando na verdade, são acertos locais em busca de viabilizar candidaturas municipais, principalmente a prefeito em 2016.