O Brasil é um país interessante. No auge da investigação dos escândalos de desvios bilionários da Petrobras, o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tem uma reunião com os advogados dos empreiteiros, onde ajustou condutas para a defesa dos réus. Chegou a dizer que a investigação tomará outro rumo.
Ora, ocupando o cargo que ocupa, não deveria buscar a elucidação completa dos absurdos, e fazer com que todos os culpados sejam punidos?
Devido a isto, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, defendeu a imediata demissão do ministro, diante do absurdo da tal reunião. Barbosa reagiu pelo twitter.
José Eduardo Cardozo é um dos cotados, justamente, para a vaga aberta pelo próprio Joaquim Barbosa no STF.
Além de Cardozo, Luís Inácio Adams, da Advocacia Geral da União, também está na lista dos possíveis. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), alguns ministros concorrem por fora para a vaga de Joaquim.
A indicação é da Presidente Dilma, que agora pretende agilizar agora a escolha para a vaga aberta há quase um ano. Segundo o jornalista Cláudio Humberto, que assina uma das colunas mais lidas do país, a demora na escolha é justamente esta, achar bons magistrados que aceitem compromissos com o governo, leia-se: impunidade. Por isto, o nome deve ser mesmo de dentro do governo. José Eduardo Cardozo tem este perfil.
Façam suas apostas.