Derrotados em Pernambuco: Armando virou Ministro e João Paulo foi "esquecido" |
Jaboatão dos Guararapes é o segundo maior município do estado, com grande receita e que converge com o Recife nos problemas urbanos. Os limites entre as duas cidades quase não existem, com ruas pertencendo a ambas. Tem 700 mil habitantes.
Entretanto, politicamente, não dialogam. O perfil do eleitorado é diferente, basta ver pelos prefeitos que já passaram por lá como Rodovalho e Newton Carneiro.
O prefeito Elias Gomes (PSDB) governou o Cabo de Santo Agostinho. Foi mais fácil fazer esta travessia que vir do Recife, pois alguns nomes pensaram em trocar a capital por Jaboatão, e não deram certo.
Elias Gomes já foi reeleito, e conduzirá o processo de sua sucessão. Vários nomes surgiram. No PSB tem João Fernando Coutinho e o atual vice-prefeito, Heraldo Selva. Elias ainda não apontou seu candidato, e pode até direcionar às vias socialistas.
Um fato novo, inusitado, foi trazido pelo jornalista Inaldo Sampaio em seu blog neste sábado. Ele afirma que alguns seguidores de João Paulo (PT) começaram a botar na cabeça dele que é mais negócio disputar a prefeitura de Jaboatão em 2016 do que a do Recife, devido ao desgaste do PT.
Ora, ora.
O desgaste do PT em 2016 será generalizado, caso o Governo Federal continue ladeira abaixo, mas de fato, no Recife, pode vir à tona as trapalhadas da última eleição, onde João Paulo não se entendeu com João da Costa, que não se entendeu com Maurício Rands, que não se entendeu com Humberto Costa, que atropelou todo mundo e foi o candidato a prefeito, com João Paulo na vice. Ficaram em terceiro.
O atual prefeito Geraldo Júlio (PSB) disputará a reeleição. Seus maiores opositores neste momento são Daniel Coelho (PSDB) e o próprio João Paulo (PT).
Quanto a Daniel, os socialistas estão tirando seu discurso, já que o PSDB está tanto no Governo Estadual quanto no municipal, inclusive com nomes ligados ao Deputado Estadual. O próprio PSDB ainda não tem unanimidade se deve disputar a prefeitura. Esta indagação não foi respondida nem pela Executiva Nacional, liderada ainda por Aécio Neves. E do silêncio pode se entender.
Quanto a João Paulo, parece que o próprio PT pode resolver a questão, com mais trapalhadas. O ex-prefeito foi ignorado pela legenda em nível nacional. Esqueceram JP, sem nenhum cargo de projeção, saiu da vitrine. Além dos recentes fracassos eleitorais, como a campanha de senador, que estava quase ganha, e acabou perdendo por grande diferença de votos para Fernando Bezerra.