Há poucos meses, houve uma correria em busca de extintores do tipo ABC, pois passava a valer uma determinação nacional, e quem não trocasse poderia ser multado. A procura foi tão grande que faltou nas distribuidoras, levando o Governo a dar mais tempo para que todos fizessem as trocas.
Teve comerciante que fez estoques imensos, pois a grande maioria dos veículos que rodam no Brasil precisariam trocar seus extintores de incêndio.
Agora mudou tudo. Ou quase tudo!
Uma decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tornou o uso do extintor de incêndio opcional nos veículos que circulam no país. A medida é válida para utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada.
De acordo com o Contran, o equipamento de segurança permanece obrigatório para todos os veículos utilizados comercialmente para transporte de passageiros, caminhões, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus e destinados ao transporte de produtos inflamáveis, líquidos e gasosos.
Serviu para o Contran tomar esta decisão a informação da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, que dos 2 milhões de sinistros envolvendo veículos cobertos por seguros, somente 800 tiveram incêndio como causa, e destes, apenas 24 usaram os extintores.
O Departamento Nacional de Trânsito também constatou que as inovações tecnológicas introduzidas nos veículos resultaram em maior segurança contra incêndio. Entre as quais, o corte automático de combustível em caso de colisão, localização do tanque de combustível fora do habitáculo dos passageiros, flamabilidade de materiais e revestimentos, entre outras.
O problema é mudar tudo de novo daqui a alguns meses, fazendo todo mundo correr para comprar extintores novamente, como foi na época dos kits de primeiros socorros.
Sobre informações do Diário de Pernambuco