Ouvi todos os argumentos que a prefeitura tinha para tentar explicar o fim do jazz, mas não aceitei nenhum, por culpa da própria prefeitura. Há três anos que Izaías alardeia aos quatro cantos que Garanhuns tem dinheiro sobrando (chegou a R$ 15 milhões em caixa, segundo ele), sendo uma referência regional, quando a maioria está com o pires na mão.
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O Natal Luz, belíssimo, custou a bagatela de R$ 1 milhão, segundo a própria prefeitura. Disseram-me que o caché de Agnaldo Timóteo foi altíssimo, mas não sei dizer quanto. E olha que ele veio sem banda.
Em três anos, não houve sinais de crise financeira em Garanhuns, aliás, a arrecadação aumentou com a Taxa de Iluminação Pública, e até o Zona Azul teve aumento de 100%. As paradas de ônibus foram monetizadas com publicidade e os parques e praças podem ser administrados pela iniciativa privada.
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Mas que planejamento é este que cancela um mega evento, consolidado, com repercussão nacional? Na maioria das cidades com eventos deste porte, pode até diminuir o orçamento, mas cancelar e perder para outra cidade é um prejuízo incalculável.
Segundo a própria prefeitura o Jazz era um sucesso absoluto (é só pegar as matérias divulgadas por sua Secretaria de Comunicação): Mídia nacional espontânea, taxa de ocupação, movimento na cidade e comércio informal. Cancelar a 40 dias do evento, com tanta gente fazendo reservas em hotel, e outros que programaram férias há alguns meses, para vir curtir o Garanhuns Jazz Festival, mostra falta de planejamento, e não o contrário.
Faltou sensibilidade cultural.
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Planejamento seria conseguir as receitas em outros setores da administração, em patrocínios e em instituições, como o próprio prefeito sempre se gabou de dizer que sabia onde iria buscar.
Portanto, infelizmente, o Garanhuns Jazz acabou (e vai para Gravatá) por falta de interesse de atual administração, e esta decisão pesa sobre duas pessoas, a secretária de turismo, Gerlane Melo, e o prefeito Izaías Régis.
Garanhuns acaba de retroceder 10 anos.