Por dia, 63 casos de chikungunya foram diagnosticados em Pernambuco neste ano. A doença avança e é considerada a arbovirose com maior capacidade de transmissão no estado, quando comparada a dengue e zika vírus. Não bastando, ela é um gatilho para o desenvolvimento de doenças reumatológicas graves e pode ser ainda mais acentuada em pessoas com diabetes e hipertensão.
Um estudo foi iniciado na Faculdade de Medicina da Universidade de Pernambuco (UPE) e no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) para acompanhar as manifestações clínicas dos pacientes a médio e longo prazo, para traçar um padrão de diagnóstico para a doença.
Mais de 2,6 mil casos de chikungunya foram notificados neste ano em Pernambuco. Quando não tratada precocemente, ela pode evoluir para uma forma crônica. Segundo o reumatologista e professor da FCM Eliézer Rushansky, a quantidade de pacientes que procuram as unidades com inchaços acentuados nas articulações e até deformidades tem despertado o alerta médico.
“Atendemos cerca de 35 pessoas neste começo de ano somente na nossa unidade. Uma média de 90% delas chega na fase aguda, mas já com inchaços e alguns com deformidades. Se não houver uma avaliação adequada, o paciente pode se medicar incorretamente e permanecer com as articulações dessa forma”, esclarece o reumatologista.
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