sexta-feira, 8 de abril de 2016

GARANHUNS: Prefeitura quer doar terreno que seria Area Verde com praça na Vila Lacerdópolis



A Prefeitura criou a CIELA, um local abaixo da COHAB III (Bela Vista) para doação e incentivo a empresas que quisessem se instalar em Garanhuns, acabou beneficiando também empresários da cidade que pensaram em expandir seus negócios. Foram doados muitos terrenos.

Esta política de doação de terrenos acabou virando um dos pilares da prefeitura, na atual gestão de Izaías Régis, e em algumas situações acabou gerando polêmica ou debates de bastidores. Começou com alguns nomes de beneficiados na CIELA.

Depois veio a doação ao filho de um vereador. Diante da repercussão negativa, o projeto foi retirado da pauta da Câmara.

Na semana passada, a prefeitura doou mais de 1000 metros quadrados em uma área nobre da cidade, abaixo do Quartel do 71 BI Mtz, para a construção de um hotel, que tem matriz em Águas Belas. A empresa foi aberta dias antes do pedido da doação, segundo a prefeitura, para que os impostos ficassem na cidade. A empresa promete gerar apenas 15 empregos diretos. 

Agora, outra polêmica: O Governo Municipal está doando o terreno que seria área verde do Loteamento Arco-Íris, na Vila Lacerdópolis, para uma empresa do ramo de farmácia. Nada contra ações que gerem empregos, mas a periferia da cidade está ficando sem espaços de lazer, sem praças, sem parques, sem campos de futebol, sem quadras esportivas... 

Tem uma situação ainda estranha. A empresa pediu 600 metros quadrados, e a prefeitura está doando mais de 4 mil metros quadrados. Se era obrigado a doar esta área, poderia então atender mais empresas com o mesmo terreno.

Fica claro que o Plano Diretor do município precisa ser rediscutido urgentemente, pois trata-se de bairro residencial. E também os órgãos de Meio Ambiente do município devem se manifestarem.

Sivaldo pediu vistas do projeto de doação
A denúncia é do vereador Sivaldo Albino, que pediu vistas do projeto de doação, que já deu entrada na Câmara Municipal, e caminha para aprovação. Infelizmente, dentro de suas casas, a população parece não perceber o prejuízo social comunitário. Enquanto as principais avenidas e praças de Garanhuns recebe serviços que impressionam os turistas, nos bairros da periferia, mais uma área verde deixará de existir.

Sivaldo vai levar o caso ao Ministério Público, entidades de defesa do Meio Ambiente e chamar os moradores do bairro para tomarem conhecimento, pois não foram consultados.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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