O ex-governador de Pernambuco e atual deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) não escondeu, nos últimos meses, seu desejo de presidir a Câmara do Deputados. Não poupou críticas Eduardo Cunha e se posicionou como nome do partido que pudesse suceder o carioca, em caso de queda iminente.
E o dia de Cunha chegou. Por unanimidade, ou seja, com os votos dos 11 ministros, o STF decidiu pela saída do Presidente da Casa Legislativa, que pode até ver o mandato cassado definitivamente.
O sucessor natural é o deputado maranhaense Waldir Maranhão (PP), vice-presidente. Aliado de Cunha, mas que não tem a mesma força avassaladora sobre os colegas que tem o ex-presidente. Conta contra Waldir, além da falta de representatividade para um cargo tão importante, o fato de ter votado a favor de Dilma, no processo do impeachment, quando mais de 70% dos seus colegas queriam a derrocada do governo petista.
Além de tudo, Maranhão é do PP, e a presidência deve voltar ao PMDB.
E JARBAS?
O PMDB articula para presidir a casa, mesmo com a saída de Cunha. Com a mudança do Governo Dilma para o de Temer, é natural que o novo presidente transite bem com o novo gabinete. É aí que entra Jarbas, que tem sido pessoa próxima do futuro mandatário da nação. Jarbas recebeu Temer em Pernambuco, em sua campanha pela reeleição pela presidência do PMDB. E esta semana esteve conversando reservadamente com Temer. Alguns podem imaginar Jarbas no ministério, mas se Temer quiser, faz do pernambucano o futuro presidente da Casa Legislativa em Brasília, assim, é melhor que ser senador.
Para que isto aconteça, Waldir Maranhão precisaria renunciar, e haver a convocação de novas eleições, com a apresentação de um candidato oficial do governo. Aposto nesta situação, a menos que o vice-presidente da casa consiga se manter no cargo, na cadeira mais importante.
