Participação na oficina é gratuita e as inscrições estão abertas, mas as vagas são limitadas
Nesta segunda-feira (25), o Documentando, projeto desenvolvido pelo cineasta Marlom Meirelles – com anos de experiência na área de filmes exibidos em mais de dez países e 80 festivais pelo mundo – chega ao município de Garanhuns, trazendo a oficina de documentário para a programação do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), das 14h às 17h, no Casarão dos Pontos de Cultura, até sexta-feira (29). O projeto, que já passou por Santa Cruz do Capibaribe, até o final do ano deve aportar em mais 13 municípios pernambucanos. A ideia é aproximar jovens do gênero documentário, incentivando assim a produção de vídeos e a circulação de obras em festivais. As inscrições são gratuitas.
Nas aulas, lições teóricas e práticas sobre cinema, com a realização de documentários captados em vídeo digital. A ideia é tornar os participantes aptos para atuar nas áreas da direção, fotografia, roteiro, produção, sonoplastia e edição. Além disso, os alunos também desenvolverão pesquisas nos campos da história, da estética, da crítica e da preservação.
Para propiciar a construção de um novo repertório audiovisual, os participantes terão acesso a um panorama geral sobre o cinema documental, seus principais diretores, movimentos cinematográficos e a exibição de uma grande variedade de obras. Cada oficina terá 24 horas de aula. Além dos encontros presenciais, o “Documentando” oferecerá ainda algumas atividades virtuais, como videoaulas e palestras de profissionais da área, os temas das conversas passarão por experiências, oportunidades de inserção no mercado, distribuição de filmes, entre outros.
O projeto, realizado pela Eixo Audiovisual, através do incentivo do Funcultura / Governo de Pernambuco, se torna ainda mais inclusivo ao não exigir que os participantes possuam qualquer conhecimento prévio sobre cinema. Para participar, basta que o interessado seja natural da cidade beneficiada ou de cidades circunvizinhas. “Durante a oficina, todos têm acesso a informações cruciais sobre a linguagem cinematográfica e as etapas e funções numa produção, além de conhecerem as técnicas básicas de captação e edição de vídeo”, explica Marlom, que participou no ano passado do Festival Internacional de Documentários de Amsterdam (IDFA) e também atua como jurado do festival internacional Top Shorts. Ele, que se formou na segunda turma de cinema do Norte/Nordeste, trabalha com formação audiovisual em várias instâncias.
Para encerrar com categoria as lições, ao fim de cada oficina os estudantes devem apresentar um documentário com duração de 5 a 10 minutos que aborde aspectos sócio-culturais e históricos dos municípios. A temática é livre e escolhida através de exercícios coletivos.
“O projeto entra em sua terceira etapa com a pretensão renovada de estimular a consciência de que o cinema é um instrumento de construção da realidade e permitir que os alunos observem as possibilidades de abordagem, dispositivos, temas e processos de trabalho”, diz Marlom. As primeiras – e bem sucedidas – edições do projeto beneficiaram cerca de 600 estudantes. Isso permitiu que se observasse a existência de uma demanda crescente de jovens curiosos em relação ao universo audiovisual, sobretudo na comunidade escolar. “A terceira temporada vem para dar continuidade a esta ação fomentadora, atendendo a um número mais expressivo de municípios e participantes”, conclui.
As inscrições presenciais devem ser feitas no local onde as aulas ocorrerão ou através da fanpage do evento. Neste caso, os interessados devem deixar por mensagem privada (inbox) o nome completo, a cidade e telefone para contato.