A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, está se isolando politicamente. Pelo que a gente lê e fica sabendo, o primeiro ano de gestão tem sido muito contestado, e ainda sem a habilidade política, junto a seu pai, João Lyra, devem ficar sozinhos para pedir votos para Armando Monteiro. Do outro lado, os grupos de José e Wolney Queiroz, Tony Gel, Jorge e Laura Gomes e o delegado Erick Lessa estarão com Paulo Câmara.
Agora, mais um trauma na gestão. Raquel enviou um projeto de lei à Câmara dos Vereadores, na terça-feira (10), onde requeria a definição de regras quanto à seleção pública simplificada. Contudo, no artigo XI, inciso 4°, o projeto reduzia a licença maternidade de 180 dias para 120 dias. Na prática, atingiria todas as servidoras. Segundo a prefeitura, a licença de 120 dias seria para as servidoras em contratos temporários que não excedessem um ano e seis meses. Como não explicitou esta situação, se o projeto fosse aprovado, Raquel Lyra, que se autoafirmou defensoras dos direitos da mulher, estaria cessando um direito que as servidoras têm desde 2009.
Ainda bem que os vereadores rejeitaram a proposta, que sendo ou não intencional, iria atingir as trabalhadoras. E aí vai mais um estrago na imagem da prefeita, que precisa estar bem para angariar votos para seus candidatos em 2018.
Em Garanhuns, a briga do prefeito Izaías Régis tentando suprimir direitos dos professores também tem sido uma fonte de desgaste. Aprovado pelos vereadores, o projeto enviado pela prefeitura foi contestado pelo Ministério Público e a justiça tem se manifestado a favor da classe profissional.
É bom os trabalhadores se unirem pois os tempos são de leis e reformas que colocam em xeque os direitos a duras penas conquistados.
