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| Haddad e Paulo estão juntos novamente neste sábado, em grande caminhada no Recife |
O ex-presidente Lula, preso em Curitiba, liderava as pesquisas na faixa dos 30%. Falávamos aqui que seu potencial de repasse para seu candidato, extraordinariamente, era de 60%. O que deixaria Haddad com cerca de 20%.
Mas ele já alcançou este patamar, e tende a se aproximar ainda mais de Bolsonaro, que sem Lula, passou a liderar e chegou aos 30% do nosso conterrâneo. Aliás, Haddad lidera em Pernambuco com o dobro de votos de Bolsonaro. E o petista mostra potencial de ir além. O apoio no estado natal de Lula foi integral. O governador Paulo Câmara recebeu Haddad em Caetés e Garanhuns, e neste sábado estão juntos novamente no Recife.
Os adversários ainda não conseguiram achar uma forma de bater em Haddad. Dizer que ele é o poste de Lula é bom para ele, pois casa mais rapidamente criador e criatura.
Se imaginaram que Haddad seria outra Dilma, também erraram. Haddad fala bem, professor universitário, formação USP, dialoga com diversos setores e não tem aquela imagem do arruaceiro que colam nos petistas. É até classe média alta, e aproveitado entrevistas para dar recados ao mercado.
Agora Haddad segue para ter mais votos do que o próprio Lula teria. Sua imagem e discurso têm quebrado resistências, conta ainda com a rejeição do seu principal adversário para se tornar o anti-Bolsonaro, principalmente em um eventual segundo turno, cada vez mais consolidado entre os dois.
Além disso, os demais candidatos de esquerda somados têm mais votos que os da direita, e os opostos tendem a se unir no segundo turno. Se for quebrado este paradigma, serão os partidos da centro-direita fugindo do projeto antidemocrático de Bolsonaro.
