A eleição para prefeito acontece em outubro de 2020, mas não pensem que está distante. É logo ali. Logicamente, para defender seu governo, o prefeito Izaías Régis deve apoiar alguém. Caso chegue forte, com a aprovação em alta, tem chances de fazer seu sucessor, independente de quem seja o candidato. Porém, se a situação piorar, continuar em conflito com segmentos importantes do município, e as denúncias que estão sendo feitas atingirem sua popularidade, a chance de sucesso eleitoral diminui bastante, e neste caso, Izaías não conseguiria eleger quem quisesse, teria que apoiar uma alternativa competitiva.
Uma postagem do blogueiro Gidi Santos aponta que Izaías poderia até apoiar a vereadora Betânia Monteiro para prefeita. Ora, sendo ela a principal voz da oposição atualmente na câmara, esta situação mostra duas hipóteses, ou o prefeito ainda não sabe que caminho seguir ou jogou uma rede para tentar atrair a vereadora, para fazê-la amenizar nas investidas contra a gestão municipal. O seu assessor legislativo Luizinho Roldão tem sido o principal calo de Izaías, trazendo a público denúncias contra a prefeitura.
Se fosse hoje, o candidato governista seria o vice Haroldo Vicente, mas até lá muita coisa vai acontecer, como o andamento das investigações das denúncias, a atuação do deputado federal Fernando Rodolfo, que busca montar um grupo competitivo no município, e o exercício do mandato de Sivaldo Albino na ALEPE. Sivaldo e Pedro Falcão são os nomes que podem disputar a prefeitura com o apoio do governador.
Não será surpresa se parte do grupo da prefeitura migrar para outras candidaturas com reais chances de vitória, assim como pessoas da oposição aderirem ao governo. Tem sido assim em Garanhuns, antes e depois das eleições municipais. Uma coisa é certa, aquela grande união que elegeu Izaías em 2012 não existe mais, por isto, uma vitória do grupo governista depende quase que exclusivamente da máquina da prefeitura.
A oposição chega na eleição mais definida que a situação, resta saber se conseguirá se unir, pois neste momento quase duas dezenas de pré-candidatos sonham com a cadeira de prefeito, a maioria sem viabilidade político-eleitoral.
