A pandemia do novo coronavírus deu novos sinais de aceleração no Brasil. O número de mortes em 24 horas atingiu novo recorde, de 751 óbitos, elevando para 9.898 os casos fatais ligados à Covid-19. Além disso, o país tem 145.328 casos registrados da doença — 10.222 foram confirmados desde ontem.
Outros olhares: apesar do alto número de contágios, a epidemia no Brasil está no estágio inicial, indica novo estudo do Imperial College, de Londres, instituição de referência em medicina no mundo. Assinado por 59 pesquisadores, o relatório aponta que a doença está fora de controle no país e alerta que a crise vai piorar sem a adoção de medidas mais rígidas.
A revista médica britânica “The Lancet” dedicou editorial sobre a situação brasileira, com críticas diretas ao presidente Jair Bolsonaro, apontado como “talvez a maior ameaça à resposta à Covid-19”. O texto coloca o Brasil como um obstáculo para que o mundo possa deter o coronavírus, destaca a repórter especial Ana Lucia Azevedo. “A ‘Lancet’ deu um atestado mundial de insalubridade ao Brasil de Bolsonaro”, diz.
O que foi dito: “Se dependesse de mim, grande parte já estaria trabalhando. Outra grande parte não teria deixado de trabalhar”, afirmou Bolsonaro, sobre o funcionamento do comércio.
Em paralelo: depois de líderes da Argentina e do Uruguai, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez, disse que a expansão do vírus no Brasil é uma “grande ameaça” a seu país. O governo paraguaio reforçou a segurança na fronteira.