Evaldo Costa |
"A coisa mais feia que existe em política é a pessoa não ter lado. Isso vale para tudo na vida. Dizem que amigo de verdade é que aquele que entra na briga e depois vai perguntar como foi que começou.
No futebol, imagine um torcedor do Santa Cruz que no ano que vem passe a torcer pelo Náutico ou pelo Sport, caso alguns desses dois estejam em primeiro lugar na tabela.
Pois é… Nós sabemos o nome que a isso se dá.
Por mais que alguns desconheçam, a ética tem que estar presente na política. E o oportunismo não faz parte dela. Quem pula de barco em barco em busca de pequenas vantagens no meio da política crava a marca do oportunismo na testa. É o que, infelizmente, vemos hoje ao olhar a face do deputado Alberto Feitosa.
Feitosa elegeu-se deputado como representante da Polícia Militar. Hoje nem fala mais nesse assunto. De policial, não lhe resta mais nada. E seus antigos companheiros descobriram que lhe serviram apenas de trampolim para que ele se transformasse num político profissional.
Não faz tempo, Feitosa Vivia colado nas lideranças do PSB. Aproximou-se de Eduardo Campos. Chamou de líder o prefeito Geraldo Julio. Foi secretário dos dois um dia desses. Do nada, virou o maior dos oposicionistas. Fazendo críticas violentas contra quem há pouco tempo só tinha elogio
É claro que Feitosa tem direito a ser candidato a prefeito ou seja lá ao que for. É evidente que pode mudar de lado quantas vezes que quiser, falar mal de quem elogiava e cuspir na mão que tantas vezes o alimentou.
O que ele não pode é achar que isso vai lhe render confiança, credibilidade e reconhecimento da sociedade. Feitosa escolheu a política pequena e seu destino não será outro senão crescer pra baixo como rabo de cavalo.
Os bolsonaristas que não se enganem. Trata-se apenas de mais um entre tantos que tentam surfar esta onda por objetivos meramente eleitorais. Mais à frente vai traí-los também."
Evaldo Costa é jornalista, preserva os amigos de infância nunca mudou de partido nem de time
Ex-Secretário de Imprensa de Pernambuco