"Espetacular." Assim o policial Luiz Paulo Dominghetti, que há até pouco tempo se apresentava em Brasília como vendedor de vacinas, enalteceu o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias.
O elogio foi feito menos de 24 horas depois de um jantar no restaurante Vasto, na capital federal, em 25 de fevereiro deste ano. No encontro, o cabo da PM mineira diz ter ouvido de Dias suposto pedido de propina para que o governo levasse adiante uma oferta de eventuais 400 milhões de doses da Oxford/AstraZeneca.
A mensagem consta de um diálogo via WhatsApp entre Dominghetti e o pai, Paulo César Pereira, e narra toda a saga do policial -_ que atuava como um representante comercial informal da empresa americana Davati Medical Supply -- à espera de um desfecho positivo nas negociações com o Ministério da Saúde.
O UOL teve acesso ao material, parte do conjunto de evidências, provas e documentos obtidos pela CPI da Covid, no Senado Federal. Nas conversas com o pai, nos dias 25 e 26 de fevereiro, Dominghetti não faz menção à suposta cobrança de propina. Clique aqui para ler na íntegra.