segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Gestão de Ricardo Barros na Saúde distribuiu 14 mi de testes vetados para dengue, zika e chikungunya

 


Entre os anos de 2016 e 2018, o Ministério da Saúde distribuiu ao menos 14 milhões de testes para detecção de dengue, zika e chikungunya de lotes cujas amostras foram posteriormente reprovadas em análises do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fiocruz. O prejuízo do governo é de aproximadamente R$ 402 milhões.

Apesar de a análise confirmando que os produtos apresentavam "resultados insatisfatórios" ter sido realizada em 2018, os testes começaram a ser recolhidos somente em julho deste ano, escreve hoje no UOL o repórter Alexandre Santos.

Conforme o UOL apurou, a diretoria do laboratório iniciou o processo de coleta dos testes que ainda estavam armazenados nas secretarias estaduais e municipais de saúde em julho deste ano. Para isso, está licitando a contratação de empresas especializadas nesse tipo de transporte.

Documentos oficiais mostram que a pasta federal comprou e distribuiu os testes durante a gestão de Ricardo Barros como ministro da Saúde (de 12 de maio de 2016 a 2 de abril de 2018), no governo Michel Temer (MDB). Hoje, Barros (PP-PR) é deputado federal, líder do governo Bolsonaro na Câmara, e está na mira da CPI da Covid.



Procurado pela reportagem, Barros afirmou que a avaliação feita pelo INCQS se refere a lotes utilizados para controle epidemiológico um ano após a sua saída da pasta, que ocupou até abril de 2018.

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