Dia 23 de outubro estarei fazendo 40 anos. Ainda não parei pra pensar nisso. Mas meu amigo Sandro já! Exatamente neste dia 01º de agosto ele tá ficando quarentão e nos manda um depoimento para marcar esta importante data em sua vida. Peço que leiam, pois suas angústias têm repercussão no sentimento coletivo de uma geração. Transcrevo, como aliás me pediu!
Caro Ronaldo,
Amanhã, dia 01 de Agosto de 2009, chego aos 40 anos.
Vendo o blog do amigo, me deu vontade de expressar algo sobre esse momento.
Segue um pequeno desabafo, que gostaria que fosse divulgado pelo seu blog. (se possível é claro)
OBS: Perdoe os erros, principalmente os de concordância. Mas não os corrija, pois se não, não seria autentico.
Saudações Tricolores do Arruda.
MINHA CRISE DOS QUARENTA
Caros amigos (as),
Gostaria de dividir com vocês, esse momento especial pelo qual estou passando.
Sempre se diz que a chegada dos quarenta anos, representa um momento de crise existencial para muitos e é uma verdade.
No meu caso posso dizer que tenho minhas inquietudes, não no que diz respeito à vida que levo, nem como a levo.
O que me incomoda, vem em conseqüência dos laços de sentimento que tenho com a minha cidade natal, a nossa querida Garanhuns.
Dos quarenta anos que estou a completar, trinta e dois deles foram vividos em Garanhuns.
Nesses trinta e dois anos, vivi muitas coisas em Garanhuns, vivi e participei de muitas coisas. Sempre achando que estava contribuindo, eu e aqueles com quem convivi e que com muitos convivo até hoje, para a melhoria e o progresso da nossa cidade.
Fizemos muitas coisas, passeatas políticas, passeatas contra a violência e até mesmo invadirmos uma recepção para o então Ministro da casa Civil o Sr. Marco Maciel, solicitando o seu apoio, para que Garanhuns recebesse uma extensão da UFRPE ou uma escola Agrícola Federal. Vejam que esse é um desejo antigo que só agora foi atendido (antes tarde do que nunca).
Sempre nos posicionamos e participamos dos mais variados assuntos: político, cultural e social da cidade.
Depositamos nossas esperanças em muita gente, na esperança de que pudessem realizar as mudanças que acreditávamos que seriam ideais para o avanço da nossa cidade, alguns realmente tentaram, outros efetivamente nos enganaram.
Mas acho que nem tudo foi perdido. Acho que de uma forma ou de outra conseguimos interferir no comportamento principalmente dos jovens da cidade aquela época.
O problema amigos meus, amigas minhas (como diria o ex-prefeito José Inácio) é que passado todos esses anos, nunca tivemos, nem nós nem aqueles a quem presumo termos mudado o comportamento, uma única oportunidade de se quer opinar sobre os assuntos da nossa cidade, e aqueles que a tiveram, nunca foram realmente atendidos.
Estou a oito anos morando em outra cidade, todos os dias, procuro meios de ficar a parte dos assuntos da nossa cidade e me angustia perceber que nada mudou e que os lampejos de progresso que tivemos em um passado recente foram oprimidos pela cultura déspota do passado.
Essa é a minha única crise dos quarenta anos, é chegar à nossa querida Garanhuns e sentir que: AINDA SOMOS OS MESMOS E VIVEMOS COMO NOSSOS PAIS.
Sandro Gama Correia (na foto com Jason)
Um apaixonado por Garanhuns.
Caros amigos (as),
Gostaria de dividir com vocês, esse momento especial pelo qual estou passando.
Sempre se diz que a chegada dos quarenta anos, representa um momento de crise existencial para muitos e é uma verdade.
No meu caso posso dizer que tenho minhas inquietudes, não no que diz respeito à vida que levo, nem como a levo.
O que me incomoda, vem em conseqüência dos laços de sentimento que tenho com a minha cidade natal, a nossa querida Garanhuns.
Dos quarenta anos que estou a completar, trinta e dois deles foram vividos em Garanhuns.
Nesses trinta e dois anos, vivi muitas coisas em Garanhuns, vivi e participei de muitas coisas. Sempre achando que estava contribuindo, eu e aqueles com quem convivi e que com muitos convivo até hoje, para a melhoria e o progresso da nossa cidade.
Fizemos muitas coisas, passeatas políticas, passeatas contra a violência e até mesmo invadirmos uma recepção para o então Ministro da casa Civil o Sr. Marco Maciel, solicitando o seu apoio, para que Garanhuns recebesse uma extensão da UFRPE ou uma escola Agrícola Federal. Vejam que esse é um desejo antigo que só agora foi atendido (antes tarde do que nunca).
Sempre nos posicionamos e participamos dos mais variados assuntos: político, cultural e social da cidade.
Depositamos nossas esperanças em muita gente, na esperança de que pudessem realizar as mudanças que acreditávamos que seriam ideais para o avanço da nossa cidade, alguns realmente tentaram, outros efetivamente nos enganaram.
Mas acho que nem tudo foi perdido. Acho que de uma forma ou de outra conseguimos interferir no comportamento principalmente dos jovens da cidade aquela época.
O problema amigos meus, amigas minhas (como diria o ex-prefeito José Inácio) é que passado todos esses anos, nunca tivemos, nem nós nem aqueles a quem presumo termos mudado o comportamento, uma única oportunidade de se quer opinar sobre os assuntos da nossa cidade, e aqueles que a tiveram, nunca foram realmente atendidos.
Estou a oito anos morando em outra cidade, todos os dias, procuro meios de ficar a parte dos assuntos da nossa cidade e me angustia perceber que nada mudou e que os lampejos de progresso que tivemos em um passado recente foram oprimidos pela cultura déspota do passado.
Essa é a minha única crise dos quarenta anos, é chegar à nossa querida Garanhuns e sentir que: AINDA SOMOS OS MESMOS E VIVEMOS COMO NOSSOS PAIS.
Sandro Gama Correia (na foto com Jason)
Um apaixonado por Garanhuns.