O meu compadre jornalista Roberto Almeida traz em seu blog dados sobre o IDH de vários municípios do Agreste Meridional e aponta que a vizinha Caetés tem o Índice de Desenvolvimento Humano mais baixo entre todas as cidades, mais ainda que Jucati, que é menor e mais pobre. Trazendo isto para as administrações públicas, são frequentemente comparadas Garanhuns e Caetés, quando se quer fazer um elogio ao trabalho do ex-prefeito de lá Zé da Luz. Mas os números não dizem isto. O IDH mede os serviços oferecidos de saúde, educação, assistência social, etc. Não se pode usar a pobreza como desculpa para a falta de investimentos sociais que melhorem significativamente esses índices, pois existe pobreza que é comum a praticamente todos os municípios da região, mas sabemos que existem recursos específicos para isto. Outro fator de ponderação é a falta de investimentos federais. Aqui em Garanhuns existe o debate se perdemos a oportunidade de buscar verbas de Lula para o progresso do município nestes oito anos, então Caetés também, pois a terra do presidente poderia, se não buscar indústrias, ao mesmo ter melhorado seu IDH, oferecendo à sua população mais que o mínimo exigido para chamarmos alguém de cidadão. Ao se comparar, devemos partir de dados concretos e referências estatísticas e não apenas a superfície das administrações. Vejamos o exemplo de Capoeiras, Nenêm recebeu a prefeitura com IDH com 0,633 e entregou a Dudu com 0,593, vamos ver se a população, ao final da gestão do empresário atacadista, vai ter melhorado sua qualidade de vida. É simples assim! Ou não?
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foto: O Globo
