por Gilberto Prazeres
da Folha de Pernambuco
Um dia após o juiz da 21ª Vara Federal em Pernambuco, Francisco de Barros e Silva, ter proferido a sentença na qual suspendeu os direitos políticos da deputada estadual Jacilda Urquisa (PMDB) por dez anos, por ato de improbidade administrativa no período em que ela foi prefeita de Olinda, a peemedebista minimizou a decisão. A parlamentar argumentou que o magistrado também reconheceu que não houve dolo na movimentação financeira que resultou no processo movido pelo Ministério Público Federal (MPF). “Todo mal acaba resultando num bem. Apesar de estar triste por conta do processo, fico feliz porque o próprio juiz afirmou que não houve dolo. Que foi um erro de gestão”, comemorou, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7.Entretanto, apesar de se dizer “de certa forma aliviada”, Jacilda Urquisa assumiu que sente mágoa do ex-secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Artur Barbosa Maciel, que foi o responsável pela realocação de recursos da União para o pagamento da folha salarial dos servidores, motivo que provocou o processo. “Se eu for negar que tenho uma certa mágoa, estaria mentindo”, revelou. Mas, em seguida, a peemedebista destacou que o ex-auxilar é um homem honesto, que tinha apenas a intenção de ajudar a gestão.Além de ter seus direitos políticos suspensos por dez anos, a deputada foi condenada a ressarcir a União em R$ 789 mil e a pagar uma multa de R$ 6 mil. Jacilda entrará com um recurso no Tribunal Regional Federal da 5ª Região contra a punição. A ação do MPF foi motivada por denúncias que davam conta que a ex-prefeita teria desviado esses recursos – que seria destinado a construção de um quebra-mar semissubmerso e obras de pavimentação e drenagem no município – para a campanha do seu marido Hélio Urquisa (PMDB) à Assembleia Legislativa