Vocês acompanharam o drama do menino Lucas Kauã de Recife? O menino foi sequestrado e passou dois meses sofrendo maus tratos e abusos, primeiro em Recife, e depois foi levado para a Paraíba. O caso ganhou repercussão e chegou ao seu final feliz ontem, se é que existe aí um final feliz.
Bem, o caso nos faz lembrar os cuidados que as mães têm com seus filhos, e que na nossa infância tinha todo um enredo de zelos especiais para que não fôssemos pegos pelo bicho-papão e pelo Papa-figo. Na verdade eu nunca soube direito o que eram, ouvi dizer que era gente que raptavam crianças, jogando-as em seus carros para depois tirar seus órgãos e vender... Vixe Maria! Será??
Não sabia o que era, mas tinha um medo danado. Queira assustar uma criança era só dizer que ia chamar o bicho-papão ou o papa-figo (que acho seja o fígado, pra dar sentido ao monstro que eu imaginava).
O mundo hoje está pior, a violência se tornou a regra e talvez por isso não exista mais a inocência de brincar na rua.
Vejamos esse caso de Recife, um taxista pedófilo e um bandido fugitivo de hospital psiquiátrico do sistema penitenciário raptam um garoto de 8 anos, que jogava bola na rua, prometendo-lhe uma bicicleta. Seus amiguinhos tinham bicicleta, por isso não foram.
A mãe já dizia -"Não fale com estranhos e nem aceite nada que lhe derem na rua". Há 30 anos não existia essa questão presente das drogas, como o crack está tomando conta da juventude desassistida. Mas as mães, em seus instintos de proteção maternal, já sabiam que o que é dado na rua por um estranho coisa boa não é!!!
Graças a Deus o menino está de volta pra casa, mas os Papa-figos e os Bichos-Papões voltaram, e estão nas esquinas oferecendo a destruição de vidas infantis.