Assistindo a TV Asa Branca na noite do reveillon, o apresentador do ABTV fez um giro da reportagem para saber o que as cidades haviam preparado para a virada de ano. Serra Talhada e Caruaru mostraram preparativos de festas, e coisa e tal. Em Garanhuns a repórter Cacyone Gomes apareceu de frente da Igreja de São Sebastião e deu todo o roteiro das missas em nossa cidade. Imagino Cacyone procurando algo na cidade para informar, uma programação festiva, e na falta quase absoluta foi a saída passar horário de missas para os católicos mais fervorosos.
Mas a falta não foi só no Reveillon. O sábado, dia 1º, foi mais parado e desanimado do que muito enterro que já vi por aí. Lembro que já tivemos em Garanhuns eventos como o "VAMOS ABRAÇAR O ANO NOVO!". No dia 1º de janeiro, à tarde, com grande participação de jovens. E com bandas daqui mesmo!
Alô prefeitura, vamos lembrar que Garanhuns não pode viver somente de Festival. Tem o cotidiano das pessoas. E não pode ser banda de forró, pois assim é melhor deixar sem nada mesmo! Vamos lembrar que grande parcela da população não tem condições de viajar e passar as festas e o mês de janeiro fora da cidade. E transformar essa cidade num mausoléu é a mesma coisa que expulsar, forçar a saída.
Os estudantes estão de férias e precisam de uma programação pra queimar as energias, não dá pra ficar na frente da televisão o mês inteiro! Não podemos nesse caso esperar pelos produtores de eventos, pois eles visam lucro, e o cliente deles está nas praias. Poderíamos ter uma programação de férias, de verão, no parque Euclides Dourado, com jogos de areia, futebol, vôlei, bicicross, skate, empinar pipa, um chuveirão para quem acabou de jogar bola ou fez seu cooper, etc, etc, etc. Janeiro não é um mês igual aos outros!
Imaginem o Parque com concurso de pipas, animais de estimação, corrida de saco, ovo na colher, barra-bandeira, entre outras brincadeiras. Existem tantos arte-educadores na cidade que poderiam ser aproveitados. Existem os brinquedos de concreto no parque, que nunca substituirão o contato humano, assim chega uma hora que a meninada prefere o computador mesmo. Tem que ter alguém hoje em dia que ensine a brincar em grupo.
As crianças de hoje em dia não aprenderam a brincar!
Eita, lembrei. O presidente da Fundação de Cultura de Caruaru, órgão ligado à prefeitura e que organiza os eventos por lá, quando entrevistado, falou de dois eventos no reveillon. Um foi a festa popular, aberta a todos. O outro é uma mostra de criatividade muito simples e legal. A prefeitura cadastrou 300 famílias para romper ano na praça de frente a Matriz no centro da cidade. Foram distribuídas 300 mesas. Iluminação especial, som ambiente, segurança... Deve ter sido muito descontraído numa grande confraternização. É mais ou menos o que as prefeituras de Olinda e Recife fazem com a beira da praia, onde inscrevem quem deseja levar tendas e barracas para curtir a chegada do ano novo com a família e amigos.
Aqui poderia acontecer na Esplanada Cultural ou fechar parte da Av. Rui Barbosa para isso, ficaria mais aconchegante e "chique". Aliás, acho até que já aconteceu certa vez, não sei porque não foi dado sequência.
Aquele parque de diversões, embora necessário, não atende determinada parte da comunidade garanhuense. Fui passear, ver a festa, e vi o mesmo público dos shows de bandas de apelo popular abertos em praça pública. Embora tenha visto pais e filhos, mas no total foi pouquíssima gente, mesmo nos dias mais movimentados.
Para terminar, e dar sentido ao título deste post, um amigo brincou com Garanhuns no twitter, quando perguntamos o que Garanhuns teria no ano novo, ele respondeu:
-AUMENTO DE PASSAGEM DE ÔNIBUS!
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A imagem deste post não tem nada com nada aqui de Garanhuns, apenas catei na internet para ilustrar a ideia deste post, que aliás acabou com dois temas: A falta de programação no reveillon e sugestões para o mês de janeiro!