Abrimos o jornal e vemos deputados como Fernando Ferro e Inocêncio Oliveira conseguindo verbas para nossa cidade. Em outra página a agenda do governador o traz para Garanhuns para prestar contas do seu primeiro mandato, e mais, ouvir a população sobre as prioridades para esta nova gestão. Inclusive criando câmaras setoriais com as presenças dos secretários de cada área. Vemos empreendimentos federais sendo erguidos e ampliados, além do que está por vir.
Dentro da nossa jurisdição, embora os bastidores fervam com o debate político, o momento é de planejamento. Vários órgãos buscam criar projetos para maximizar o potencial daquilo de que representam. A CDL está buscando melhorias infra-estruturais para o Centro da Cidade. O Sete de Setembro move o debate sobre a Copa de 2014. A cidade digital dá os primeiros passos. As universidades promovem seminários de expansão de saber, trazendo para Garanhuns o olhar científico. Nossos colégios estão se modernizando. Pré-vestibulares preparam os jovens para cursos como medicina. Cursos de especialização se instalam na cidade. É de fato um momento novo.
Em outras épocas essas ações eram sempre centralizadas para um ganho político. Hoje, cada instituição cumprindo seu papel, teremos uma cidade que poderá se desvincular e crescer, independentemente de poder público municipal. Este tem seu papel, mas não poderá ser o motor do desenvolvimento.
Creio que nossos representantes políticos estão começando a ser cobrados, pois ainda estamos aprendendo a participar. O Forum criado pelo Alexandre Marinho deve retornar. Outros locais de discussão aprofundada devem ser criados também, vamos debater Garanhuns de forma oficial, pois nos bares e esquinas, embora interessante, não leva a mudanças, e precisamos debater todas as alternativas possíveis. Não podemos esperar por ninguém. Então se a CDL, CODEAM, Sete de Setembro, Forum Pró-Garanhuns, e faculdades já iniciaram, seria interessante ver mais instituições criando também seus seminários.
Reclamamos à boca miúda que não soubemos aproveitar o Governo Lula, e rogamos à prefeitura toda a culpa, e nós? Será que nos fizemos representar por nossos órgãos? Será que bons projetos se tivessem sido apresentados pela sociedade garanhuense não teriam sido acatados por Lula? E não somente ele. O tempo não parou. Temos quatro anos de governos de Eduardo e Dilma, que tem Lula como fiel conselheiro e articulador.
Parece que estou ouvindo Lula dizer - O que vocês querem?
Outra situação interessante desse contexto é que todos, mas todos mesmo inseridos no contexto político, descobrem agora a necessidade de conversar e de ter projetos. É claro que uns acreditam mesmo nisso, outros é somente demagogia. Mas se de fato quiserem defender projetos, tomara que este pensamento chegue até a eleição, pois não podemos partir para mais uma campanha personalista, como se o problema fosse apenas a pessoa. Não, não é. O problema é a falta justamente de projetos e capacitação para realizá-los, um planejamento de desenvolvimento, plano de governo. O sujeito quando sentar lá deve saber o que vai fazer e como fazer. E para isto, estas câmaras de debates podem ajudar bastante, escutando a população.
Existem algumas ações simples que dão um resultado enorme. Em Petrolina o prefeito Júlio Lóssio criou um grupo especializado em projetos. Fazem projetos para tudo. No Recife, o prefeito João paulo criou o grupo de super-secretários, que coordenavam várias secretarias, ou seja, uma ponte entre ele e os demais secretários. Nesse grupo Lígia Falcão, Múcio Magalhães e João da Costa, ele mesmo!
Agora o prefeito João da Costa cria um novo grupo de articulação política, que o ajudará na condução da prefeitura, tendo alguns nomes interessantes como o deputado André Campos, secretário de turismo.
Não podemos ter mais governos centralizadores, pois será da soma de tantas pessoas competentes, que tem nossa cidade, que está surgindo esse novo momento para Garanhuns.
E isto não é política, apenas e simplesmente, isto é compromisso com o futuro da nossa gente.
