Várias cidades do interior do estado descobriram as festas tradicionais para lucrar economicamente pelo desenvolvimento do turismo de eventos, e são todas as festas...
Carnaval, Festas Juninas, Semana Santa, etc. Assim tem sempre um grande evento a cada dois ou três meses. Nessas épocas, Garanhuns tem ficado em silêncio.
Poderíamos citar aqui mais de uma dezena de municípios que hoje dividem as atenções e os investimentos públicos e privados no carnaval com Olinda e Recife.
Outra dezena divide as atenções com Caruaru, no seu momento maior que são as festas juninas.
São milhares de pessoas que vêm para o interior do estado em busca das festas populares, e aumenta a cada ano a procura pelas festas mais folclóricas, que ofereçam arte e cultura.
A semana santa também tem dividendos que muitas cidades têm sabido buscar.
Além disso ainda tem a questão cultural, que é exercitada para a população municipal, que resgata as tradições nordestinas.
Garanhuns trocou tudo isso pelo Festival de Inverno, como se fosse uma escolha, um ou outro, e não pudéssemos vivenciar todas as manifestações. E a partir daí, alguém disse que não temos perfil para as outras festas. Que é isso?
Arcoverde, Serra Talhada, Pesqueira, Gravatá, Bezerros construíram na última década reputações em suas festas que mostram que não existe essa história de perfil, o que importa mesmo é querer e saber fazer. A tradição se faz fazendo.
Parece que em Garanhuns não tem quem queira.
Não temos mais nossas festas tradicionais, aliás não tivemos nem festa do padroeiro, o que beira o absurdo! E o Festival de Inverno, orgulho de Garanhuns, doamos ao governo do estado, e acabamos hóspedes em nossa própria casa!
Quanto às festas tradicionais, estão aí como um tesouro a céu aberto a ser descoberto, ou um bilhete premiado guardado na carteira.