Time que não joga não tem torcida - Esta frase ouvi certa vez, não sei de quem, nem quem é seu autor, mas revela uma verdade. Na política também é assim, o político tem que estar presente nas eleições para ter seu eleitorado, seus defensores e correligionários.
E além de estar presente nas eleições, político tem que se eleger. Vá lá que em uma ou outra eleição vá cumprir suas missões partidárias, como fez Zé Múcio contra Arraes, ou Jarbas contra Eduardo. Ou ainda Jungmann na campanha de senador. Ou Paulo Camelo em Garanhuns.
Mas político tem que vencer eleição. Tem que achar um cargo que possa contribuir e ter seu espaço adminitrativo/eleitoral.
Outra verdade na política é que existem dois tipos de mandato eletivo, o executivo e o legislativo. Embora o senado seja por lei executivo, na prática é legislativo, como é o caso dos cargos de deputado federal e estadual e ainda, vereadores. Executivo mesmo somente quem executa, quem manda em um ente federativo, seja no município, estado ou no país, sendo prefeito, governador ou presidente, respectivamente.
Seguindo sente raciocínio a gente percebe que existem dois tipos de político, o do legislativo e o de executivo, sendo possível a portabilidade, mas ela é muito difícil. O trânsito de sair de uma seara para outra é complicado como trafegar na capital pernambucana de caminhão carregado de cimento na hora do rush no centro da cidade.
Alguns políticos que conseguem fazer esta transição acabam se notabilizando por uma área de atuação, muito dificilmente será bom nas duas.
Jarbas Vasconcelos e Eduardo Campos são dois exemplos positivos da transição.
Por outro lado, o mundo da política pernambucana tem dezenas de nomes que tentaram fazer a passagem e não conseguiram: Zé Múcio, Sérgio Guerra, Raul Henry e o Jungmann, Cadoca, Mendoncinha, Humberto Costa, João Paulo, etc.
JP conseguiu se eleger deputado, mas sua cabeça nunca esteve em Brasília.
Em Garanhuns temos taambém vários casos:
Izaías se elegeu deputado, mas ainda alimenta o sonho de ser prefeito. Situação parecida com Sivaldo Albino, em seu terceiro mandato de vereador.
Zé da Luz se elegeu prefeito de Caetés três vezes, mas ainda não conseguiu se deputar. Se fosse candidato a prefeito da cidade vizinha se elegeria novamente. Situação parecida com a de Silvino Duarte. Prefeito duas vezes de Garanhuns não conseguiu se eleger deputado. Embora sua esposa Aurora tenha tido o gostinho de ter assento na Assembleia.
O ex-prefeito Ivo Amaral é o exemplo mais recente de ter sido prefeito e deputado, marcando sua história com os dois cargos.
José Tinoco foi deputado federal, mas não conseguiu ser prefeito de sua cidade. Assim como Givaldo Calado, que foi vereador.
Bartolomeu foi prefeito e não se elegeu deputado.
Nesta campanha de 2012 a portabilidade política será novamente colocada à prova!
