Na foto emblemática que fala do futuro da aliança PT-PSB, não tem ninguém sentado nas cadeiras |
O ex-presidente Lula pode definir a eleição na capital pernambucana. O governador Eduardo Campos resolveu peitar o PT e lançou seu próprio candidato, apoiado pela imensa maioria dos partidos que compõem o governo estadual. O PT quase isolado foi buscar o apoio de Lula para Humberto Costa, buscando contrapor a força quase hegemônica no estado do governador. E este apoio veio. Mas dois dias depois, Eduardo Campos foi a São Paulo e trouxe na bagagem o ambíguo posicionamento de Lula, como um apoio informal de aliado histórico. E aí, com quem Lula está afinal? Com seu partido, o senador e seu ex-ministro Humberto Costa, ou com o governador Eduardo Campos, neto de Arraes e também seu ex-ministro?
Esta situação de dúvida na cabeça do eleitorado é beneficiária ao candidato do governador, Geraldo Júlio, que tem base para crescer e quem sabe, até tirar Mendoncinha do segundo turno e ir duelar pela prefeitura com o próprio Humberto Costa.
Vale lembrar que Humberto, antes que as urnas fechassem, apoiou Eduardo Campos na sua primeira eleição para governador, sem nem discutir participação no governo. Depois Eduardo pagou a dívida apoiando Humberto para o senado.
Talvez esta conta ainda não tenha fechado. Porém, a aproximação de Eduardo Campos com Lula tem sido prejudicial ao projeto do partido no estado, e agora com a aproximação do governador com Jarbas Vasconcelos é que dificulta os socialistas e os petistas continuarem juntos, principalmente depois de outubro. Todos sabem disso, exceto Lula.
O PT errou demais na condução do processo na capital e agora paga o preço de enfrentar o governador.