Um dos motivos de muita gente se afastar da política é a falta de critérios ideológicos nas composições partidárias a cada eleição. Com raras, raríssimas exceções, os políticos mudam de lado, juntam-se a adversários e se afastam de aliados.
Garanhuns tem sido um exemplo.
Como explicar que depois de quase oito anos apoiando o governo Luís Carlos, tendo sido seu deputado estadual, Izaías Régis é o principal candidato da oposição? E que Silvino, depois de quase os mesmos oito anos brigado, é o seu candidato do coração.
Relembrando, há apenas dois anos, Izaías foi o principal candidato a deputado do prefeito Luís Carlos, e na última eleição, Izaías apoiou Luís, pois este já não teve os aliados de quatro anos antes em seu palanque.
Silvino e Sivaldo estavam com Zé da Luz na última campanha de prefeito. Agora não mais.
Bartolomeu lançou Silvino para prefeito, e hoje são adversários históricos.
Aí fica sempre uma dúvida cruel. Como garantir que Izaías não vai romper com Rosa, ou com Bartolomeu, com o PT ou outros aliados? E que Silvino no primeiro minuto de governo não vai devolver o rompimento a Luís Carlos?
Quantos que estão dizendo que um ou outro não serve para Garanhuns estarão com ele na próxima eleição?
É a política de Garanhuns que a cada eleição embaralha tudo.
Isto retrata a falta de grupos políticos fortes, consistentes e unidos por ideias e projetos, pois o que há é apenas por conveniência eleitoral.