O PT tem olhado com desconfiança a movimentação do presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, que é amigo de Lula, apoia o governo Dilma, mas tem livre trânsito na oposição, conversando sempre com Aécio Nves, senador e pré-candidato a presidente. Duas novas situações causaram esse estranhamento: A sua reaproximação com o PMDB de Jarbas Vasconcelos, e o lançamento da candidatura de Geraldo Júlio no Recife, transformando-se no principal adversário das maiores estrelas do partido no estado, o senador Humberto Costa e o deputado e ex-prefeito João Paulo.
Eduardo pode retrucar dizendo que tirou o PSB dos braços de Serra em São Paulo e entregou a Haddad.
Porém, diante da conjuntura, quase não restam dúvidas, Eduardo Campos se prepara para dar seu voo nacional. Mas quando seria? Já em 2014, peitando a candidatura petista da presidente Dilma (ou seria de Lula)? Em 2018 quando o PT precisaria procurar outra alternativa, caso Lula não queira retornar? Mais na frente, pois com alta aprovação Eduardo é hoje imbatível no estado, e poderia pensar em governá-lo outra vez (saindo e voltando)? Ou nunca? Esse ensaio de candidatura a presidente seria apenas um fogo de palha de quem conseguiu projeção nacional?
Foi isto que buscamos saber dos nossos e-leitores. E abaixo está a resposta, com 305 votos.
Eduardo Campos será candidato a presidente?
Não. 100 (32%)
Sim, já em 2014. 89 (29%)
Sim, em 2018. 84 (27%)
Sim, ainda mais no futuro. 32 (10%)
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AGORA COMIGO: Embora tenham vencido a enquete com 32%, os que negam a candidatura podem ser divididos em dois grupos, os que realmente acham que ele não será candidato, e os que torcem que ele não seja.
Somando os índices dos que acreditam que veremos Eduardo Campos em uma eleição, temos indiscutíveis 68%. Isto não quer dizer que votem nele, mas é bem provável que numa campanha, Eduardo saia de Pernambuco com índices próximos disso (caso não tenha Lula como adversário, mas aí ele não entra na disputa).
Num empate técnico entre 2014 e 2018, a próxima eleição venceu. Isto mostra que nossos e-leitores entendem que a movimentação de Eduardo espelha a candidatura já daqui a dois anos, mesmo que seja contra Dilma. Acho até que se Dilma optar por Eduardo no lugar de Michel Temer, o PSB acalma.
Mas o foco continuará sendo a cadeira principal do Palácio do Planalto. Aí sim, em 2018.
Setores do PT já sabem disso, e buscam impedir o impulso para o voo socialista.