A redução do IPI para os automóveis foi novamente prorrogado, e agora vai até o final do ano. Uns comemoram, principalmente as montadoras que vendem mais e os compradores que economizam muito dinheiro, geralmente R$ 3 mil nos carros mais populares. Foi uma forma encontrada pelo Governo Federal de garantir a economia ativa, principalmente a automobilística no momento de queda nas vendas e dificuldades devido à oscilação da economia mundial. Também garantiu mercado nacional diante das importações de carros melhores e mais baratos vindos de países asiáticos.
Já falamos isto.
Porém, como contra-indicativo, caiu o FPM, Fundo de Participação dos Municípios, uma espécie de rateio que o Governo Federal faz com estados e municípios. Como a maioria dos Municípios no Brasil dependem destes recursos para manter os serviços públicos, funcionalismo e outros investimentos, a reclamação está enorme, gerando até um debate sobre um novo pacto federativo, ou seja, rediscutir os percentuais deste rateio, aumentando a parcela para os municípios, e também aos estados. O que acontece é que temos hoje uma federação com muitos recursos, os estados melhores equilibrados e os municípios quebrados.
Quando defendi a prorrogação do IPI reduzido não é, claro, querendo a quebradeira dos municípios, o que precisamos é equilibrar a balança federativa, mas não deve ser o consumidor o esfolado a pagar tudo neste país.
Temos os carros mais caros do mundo. O mesmo carro custa, às vezes, a metade do preço lá fora. O Brasileiro paga muito imposto, e é por isto que todo mundo está aproveitando o IPI reduzido para poder adquirir seu sonho de consumo, mesmo que seja um carro popular.
E se de fato é somente o IPI reduzido dos veículos que está quebrando os municípios, então está na hora realmente de se discutir mais seriamente a situação, no Congresso Nacional, com as grandes lideranças nacionais, que mais que defender o governo ou fazer oposição a ele, devem olhar atentamente a atual situação dos municípios brasileiros.