quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Corínthians se torna o time do governo


Já não bastasse estar infiltrado na CBF com o técnico da seleção, vários jogadores, e até o vice de futebol Sidney Sanches, mais forte que o próprio presidente José Maria Marín, o Corinthians vai garantindo verbas federais para o crescimento do clube. Primeiro foi o BNDES que está bancando o novo estádio alvinegro, o Itaquerão, e agora, pasmem, a CAIXA será a nova patrocinadora do clube com mais de R$ 30 milhões em patrocínios até o final de 2013. Dinheiro demais! Dinheiro seu e meu, e pior, de sãopaulinos, santistas, botafoguenses, flamenguistas e de todos os outros torcedores  pagadores de impostos do país que vão alavancar ainda mais o time do Parque São Jorge, que desde a era Lula, o mais importante corinthiano dessa história, se tornou o que mais recebeu incentivos federais, proporcionando o crescimento visto nos últimos anos.

Para ser democrático e sem preferências esportivas, ou o governo patrocinava todos ou nenhum. Mas não se deve usar o dinheiro do contribuinte para alavancar uma agremiação esportiva.

Enquanto isso, clubes espalhados por todo o país estão com o pires na mão, minguando a cada dia, e que têm suas torcidas regionais cada vez mais se dilapidando, perdendo espaço para os grandes clubes do país, mostrados na televisão a cada três dias, gerando uma globalização que prejudica a cultura regional. Liga-se a televisão a qualquer instante e se fala do Corinthians, numa lavagem cerebral premeditada, para que todos torçam pelo clube e assistam seus jogos, claro, na TV. Em alguns casos parece até que os comentaristas são pagos pelo clube.

E outras grandes equipes que profissionaram suas gestões, têm de buscar na iniciativa privada, os patrocínios e investimentos para manterem suas equipes. Mas ao governo vem este presente.

Vejam o desnível que isto pode causar, é só lembrar da Petrobras na camisa do Flamengo. E sem ela, o quanto a equipe se tornou igual às outras.

Neste momento, o Corinthians passa a ser o principal beneficiado neste extracampo político-administrativo, ocupando espaços estratégicos e recebendo as benesses do governo federal.

Na seleção brasileira, viu-se nos últimos anos apenas uma vitrine para vender jogador para o exterior. Convocam-se inexpressivos atletas para partidas contra países com futebol desprezível, para que possam ser vendidos por valores exorbitantes. Estamos há pouco tempo da Copa do Mundo, e não temos sequer, uma equipe formada, uma base sólida. Em nenhum dos setores, talvez três ou quatro titulares, que mesmo assim não têm ainda o carisma da população brasileira. Alguém saberia me dizer a defesa, o meio ou o ataque titulares da seleção. Vale qualquer um dos setores. E lá se vão dois anos e meio de joguinhos meia-boca.

O futebol virou um grande negócio de marketing, investimentos e mídia, onde o próprio futebol não é o mais importante.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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