Eduardo Campos faz parte do governo, mas faz críticas como sendo oposição. Suas críticas públicas estão se tornando discurso de candidato, apontando erros e mostrando como deveria ser. Outros políticos são declaradamente oposição, mas não causam nenhum tipo discussão crítica sobre a situação dos governos. Vê-se portanto que algo está mudando.
Marina Silva, na estreia de seu partido que não tem nome de partido, o REDE, disse que não era situação nem oposição, aí cabe a ironia, muito pelo contrário.
Antigamente o debate era entre esquerda e direita, geralmente os vermelhos defendendo o socialismo, e mais à esquerda, até o comunismo. A direita era representante do capitalismo, com o liberalismo.. Para simplificar, era isso aí. Na América Latina, a direita representou durante muito tempo a repressão, enquanto a esquerda defendia a liberdade, literalmente. E de expressão também.
Hoje a maioria dos representantes políticos se dividem mesmo entre situação e oposição. Ou seja, quem é governo e quem quer ser. Mas parece, pelo andar da carruagem, que já nem tem isso aí.
Os novos representantes políticos nem sempre querem assumir se são governo, tendo que defender a administração, mesmo diante erros, ou não querem ser oposição, ao menos integralmente, para não perder a oportunidade de entrar a qualquer momento, pois com o instituto da reeleição, fazer oposição pode representar quase uma década longe do poder.
Assim, nem contra nem a favor, muito pelo contrário.
Há até os partidos que são sempre governo, independente de quem esteja no poder.