247 - A tabelinha entre a presidente Dilma Rousseff e o governador pernambucano Eduardo Campos, que resultou num gol na inauguração da Arena Pernambuco nesta segunda-feira, pode ser o prenúncio de uma jogada maior, articulada pelo técnico da base aliada, Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a cúpula do PT, Lula ainda acredita no retorno de Campos ao projeto dilmista, como na fábula do filho pródigo, que à casa torna. Mas o ex-presidente sabe que, no jogo pré-eleitoral de 2013, mais do que qualquer outro jogador, o governador pernambucano soube valorizar seu passe.
A articulação é relativamente simples. Em 2018, como foi proposto pelo governador baiano Jaques Wagner, Campos seria o candidato à presidência da República da base aliada – ideia que tem apoio também de outro governador petista, que é Marcelo Déda, de Sergipe. Para demonstrar que o compromisso do PT com o PSB é pra valer, seria oferecido também um ministério ao aliado: no caso, o Turismo, que ficaria com o senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF), ex-secretário de Turismo do Distrito Federal, na administração petista de Cristovam Buarque.
Com esse movimento, Lula mataria dois coelhos com uma cajadada só. Traria Campos de volta ao campo dilmista e promoveria a reconciliação entre Rollemberg e o governador Agnelo Queiroz, do PT, que também se fortaleceu, em Brasília, depois da inauguração do Mané Garrincha.
É uma jogada ousada, que ainda não tem o aval da presidente Dilma, mas o fato é que as portas do Palácio do Planalto estão abertas para a eventual volta de Eduardo Campos.
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