O São Paulo oficializou no início da noite desta segunda-feira o retorno de Muricy Ramalho ao clube. O técnico volta para ocupar a vaga de Paulo Autuori, que foi demitido um dia após a derrota para o Coritiba, no Couto Pereira. O técnico tricampeão brasileiro no Morumbi já comanda seu primeiro treino na tarde desta terça-feira, quando será apresentado à torcida e à imprensa. Na quinta-feira, ele reestreia pelo clube em partida contra a Ponte Preta, pelo Brasileirão, às 21h.
Muricy Ramalho começou carreira como jogador de futebol no São Paulo. Depois, trabalhou como assistente de Telê Santana antes de ter as primeiras chances como treinador da equipe profissional. Em 2006, assumiu a equipe após a saída de Autuori e do título Mundial. A partir daí, sagrou-se tricampeão brasileiro e foi demitido em 2009, após a quarta eliminação consecutiva na Copa Libertadores.
Em sua primeira passagem, o São Paulo de Muricy Ramalho se marcou pelo esquema com três zagueiros, pela solidez defensiva e pela eficácia nas jogadas aéreas. O treinador era cogitado após a demissão de Ney Franco para retornar, mas se viu ultrapassado por Autuori na disputa pela volta ao Morumbi.
Em 17 jogos no comando do São Paulo, Paulo Autuori teve dez derrotas, quatro empates e apenas três vitórias. O São Paulo publicou a demissão do técnico campeão mundial em 2005 e o retorno de Muricy em seu site oficial. O comunicado exalta a conquista da Copa Eusébio, em Portugal, em jogo vencido por 2 a 0 sobre o Benfica, em torneio amistoso.
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AGORA COMIGO: Muitas vezes as torcidas conhecem o time e suas necessidades mais que técnicos e dirigentes. Quando a torcida do São Paulo pedia Muricy era na certeza que somente ele tinha condições de dar um jeito no time.
Coisa parecida aconteceu no Santa Cruz. Sandro pegou o time arrumadinho do Pernambucano deixado por Martelotte. Desfigurou. Sem experiência, perdeu o comando devido às amizades. Não sabia mexer no time. Mudou esquema. Tirou jogadores importantes, fazendo um estágio de treinador em pleno campeonato. A torcida pedia pra tirar, ele mesmo chegou a pedir pra sair, e a diretoria sustentou. O resultado está aí. Um outro Santa Cruz, sem a agressividade e criatividade do estadual.
Se ouvissem mais as torcidas, que bancam os clubes, não estariam ambos nesta situação.