segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Esclarecimento a Paulo Camelo (e a Garanhuns!) - Por Ivan Rodrigues

Meu caro Paulo, Somos aldeões da Rua Dantas Barreto e, independentemente da certidão de nascimento, isso nos faz amantes de Garanhuns. 

Relembrei com saudade a sua evocação da nossa campanha em 1974, junto com Zéivan que - como só sabe quem já passou - tive a amargura de enterrar.

Você diz que “O ÚNICO POLÍTICO DO PSB QUE SERIA UM BOM PARLAMENTAR É VOSSA SENHORIA” (Só não gostei do senhoria!) e isso muito me honra partindo de você, mas entendo que é chegada a hora de ceder a vez para outras lideranças mais jovens, embora nunca tenha esmorecido ao longo dos meus 60 anos de militância política.

Entretanto, faz-se imprescindível um reparo. Como dizer que “O GOVERNADOR EDUARDO CAMPOS, NUNCA APOIOU A INSTALAÇÃO DA FAMEG” se, até à intervenção judicial, a FAMEG funcionou em dois períodos por Resolução do Conselho ESTADUAL de Educação, que acompanhei passo a passo por determinação do próprio Governador, conforme pode confirmar o nosso amigo Márcio Quirino, também aldeão da Dantas Barreto?

Lembre que quando a questão saiu para esfera judicial e o Governador não podia interferir na decisão e, além do mais, o Ministério da Educação avocou para si o processo, o Governador acometido de justa revolta determinou a criação de uma Faculdade de Medicina no âmbito do campus de Garanhuns da UPE e hoje temos pelo menos uma funcionando em Garanhuns, mesmo que com as naturais deficiências iniciais. Como, caro amigo, acusar o Governador de omissão no caso?

Quanto ao meu apoio a candidatura de Zé da Luz, assumo inteiramente a posição assumida e peço-lhe apenas que situe a questão no contexto da época. Divergi publicamente da decisão do meu Partido, coloquei no papel, assinei embaixo e divulguei em toda a imprensa as razões da minha divergência. 

Disse nas minhas razões e repito ainda hoje que: “Existe um discurso unânime em que todo mundo fala e reclama da estagnação e mesmice da gestão municipal de Garanhuns, mas poucos observam que há vinte anos os protagonistas da nossa política são os mesmos de sempre. Desde 1992 que os artistas são os mesmos e não mudam, sequer, o enredo da novela. Duvido que se encontre qualquer diferença política ou conceitual entre Silvino, Marçal, Luiz Carlos, Almir Penaforte, Bartolomeu, Rosa, Izaías, os vereadores que apoiaram e continuam apoiando as sucessivas administrações de Garanhuns, desde 1992, e, eventualmente, as divergências ocorridas foram apenas pela disputa do poder, sem nenhuma questão de fundo. Como divergências em casamento mal resolvido, em que os consortes brigam, separam, e tornam a se juntar entre tapas e beijos.”

No mais concordo com você, sob todos os aspectos e reitero a necessidade de mantermos nossos princípios, mesmo que eventualmente divergentes porque é assim que se pratica democracia. 

Grande abraço,

Ivan Rodrigues

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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