segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A vingança de Mr. Rands


O advogado Maurício Rands acreditou em seu partido quando o liberaram para pré-campanha para prefeito do Recife, já que João da Costa estava mau avaliado pela população, colocando em risco a reeleição e o projeto petista de governo na capital. João Paulo havia sido queimado e o PT pensou em fazer prévia para escolher seu candidato. Rands foi à luta, mas no final era tudo de mentirinha, e ele se sentiu usado para tumultuar o processo, para que depois viesse a intervenção e a candidatura posta que pudesse, em tese, unir o partido. Era Humberto Costa, como aconteceu. Mas Rands chutou o balde. Renunciou à pré-candidatura, renunciou ao PT, renunciou à vida pública, renunciou aos 200 mil votos que o elegeram deputado federal, renunciou ao sol da capital e foi embora advogar no exterior.

Um ano de exílio voluntário. 

Mas como nos filmes ou nas novelas, ele voltou. Tirou a barba, mudou o rosto e o estilo. Aliou-se ao governador, de quem já era próximo, e pode ser o nome para batalha contra os inimigos, numa espécie de vingança. Socialistas históricos não gostam disso, preferem um nome mais ao perfil do grupo que governa o estado há sete anos. Mas o que é um problema, pode ser também uma qualidade: Tem gente que acha que ele racha o PT, aquele que não consegue se unir a Armando Monteiro, para eles, representante das elites.

Rands corre por fora, mas tem quem diga, como alguns colunistas de jornais da capital, que seu nome está muito forte. Caso seja o escolhido, Rands terá nova vitrine para se explicar. Ter repulsado o PT de Humberto, todo mundo já entendeu, como foi visto no resultado eleitoral do Recife, mas ter jogado fora seu espólio eleitoral, patrimônio dado pelo povo, é que é difícil.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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