O governador Eduardo Campos tem conversado nos últimos dias mais intensificamente para fechar o palanque estadual. Tem ouvido lideranças políticas e principalmente os possíveis protagonistas. Os encontros têm sido marcados pela discrição, e nenhuma parte tem levado para a imprensa o teor das conversas, ajustando o diálogo, unificando o grupo e tirando versões desencontradas das páginas dos jornaqis e dos blogs.
Na semana passada recebeu Jarbas Vasconcelos, e três dias depois o senador retirou sua candidatura. Na sexta-feira foi a vez do vice-governador, João Lyra. Nesta segunda-feira conversou com presidentes de partidos aliados, como o prefeito de Caruaru, Zé Queiroz (PDT) e Inocêncio Oliveira (PR). Ao primeiro, fortaleceu a parceria estadual, já que o PT de Lula quer levar o partido para o lado de Armando Monteiro. E com o deputado sertanejo, Eduardo teria o encorajado a voltar às urnas, já que Inocêncio anunciou a aposentadoria. Inocêncio tem consultado as bases, que já havia liberado ou inserido Sebastião Oliveira, seu sobrinho e herdeiro político. Sobre isso a gente fala depois.
Esta terça-feira tem mais reuniões neste sentido. Aguarda-se ainda uma conversa com Fernando Bezerra Coelho, onde deve ser ajustada sua participação na chapa. FBC quer o governo, Eduardo pode sinalizar o senado. Eduardo da Fonte também se interessa, mas já adiantou que está com o grupo.
Com os atores ocupando seus espaços, o governador vai definindo as estratégias e os nomes. Neste momento, parece que a indicação está entre Tadeu Alencar, o primeiro pretendido, e Maurício Rands, a opção mais recente. Fernando Bezerra vai apresentar ao governador suas armas para a batalha. Não hoje, pois deve ser um dos últimos a serem ouvidos nesta nova estratégia de consultas e conversas, que já levou Eduardo Campos até Liberato Costa Junior.
Eduardo quer garantir a unidade, com o nome com mais aceitação dentro do grupo governista. Sem maiores traumas. Longe da mídia, está conseguindo.