A convenção que vai fechar a chapa da Frente Popular em Pernambuco acontece no próximo domingo. A majoritária todo mundo já conhece: Paulo Câmara, governador, Raul Henry, vice, e Fernando Bezerra para o senado. Na convenção fecha também a lista com os candidatos a proporcional, deputados estaduais e federais.
Inocêncio que ficou chove/não molha este ano, havia desistido da campanha, lançou o sobrinho para federal, Sebastião Oliveira, e anunciou aposentadoria, liberou as bases, depois voltou atrás, tentou conseguir apoios que havia perdido e viu seu espaço político reduzido. Ligou para alguns prefeitos e lideranças que sempre teve, mas já não contava mais.
Viu também o PSDB e o PMDB (além de PPS e DEM) incorporarem à Frente Popular, colocando em risco seus espaços na coligação. Acabou se sentindo desprestigiado, e tem levado sua insatisfação ao ponto de pensar em romper com o grupo com o qual se aliou, já no primeiro turno de 2006, quandos poucos apostavam em Eduardo Campos.
O PTB oferece todos os espaços a Inocêncio Oliveira, tanto na chapa quanto em um futuro governo. O médico sertanejo está ponderando. Até a vice foi colocada na mesa, tirando do dividido PDT.
Quanto ao PDT, o suspense não é em Pernambuco, mas em Brasília. Embora as principais lideranças estejam no palanque socialista, como o prefeito de Caruaru, Zé Queiroz, o presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa e a presidente da Codeam, Celina Brito, já tenham declarado apoio a Paulo Câmara, é grande a possibilidade do partido ir para Armando Monteiro. O acordo está sendo costurado direto com Dilma. Uchoa disse que o partido pode levar as camisas, mas os jogadores vão para a Frente Popular. Disse que mais de 80% dos prefeitos e deputados do partido estão com Paulo Câmara e Fernando Bezerra Coelho.
É suspense ou não é?
