O senador do Amapá, garanhuense de nascimento, Ranfolfe Rodrigues (PSOL), afirmou estar “desgastada” a relação com o próprio partido. A declaração aconteceu depois de saber das críticas feitas pela candidata da sigla à presidência da República, Luciana Genro, em entrevista ao G1.
Luciana Genro comentou não concordar com as ideias do parlamentar amapaense, acrescentando que ele “não representa as expressões médias do partido” e que aproveita “pressões oportunistas e de viabilidades eleitoral”.
Este blogueiro com o senador Randolfe |
Luciana ainda adiantou que a saída de Ranfolfe para outro partido é fato praticamente consumado, algo ponderado pelo senador amapaense. Ele frisou “resolver o futuro político com companheiros mais próximos no Amapá” depois das eleições.
“A candidata não deveria estar preocupada com isso, e sim com propostas para o Brasil. Esse deve ser o momento de maior prioridade dela”, comentou Randolfe Rodrigues, acrescentando não ser a primeira vez a sofrer críticas internas de membros do PSOL.
“Se eu falar que não há desgaste estaria mentindo. Não vou encobrir os fatos”, declarou o parlamentar do Amapá.
Governo
O PSOL no Amapá atualmente compõe a coligação da candidatura à reeleição do governador do Amapá Camilo Capiberibe (PSB). O vice na chapa, o enfermeiro Rinaldo Martins, foi indicado pelos pessolistas.
A composição, no entanto, não fez o senador Randolfe Rodrigues declarar apoio a Capiberibe. Ele afirmou tomar uma posição política somente no segundo turno. “A minha intenção é derrotar os agentes envolvidos em corrupção, que é o candidato indiciado na operação Mãos Limpas. Aqueles que tiverem condições de derrotá-lo estarei ao lado”, garantiu.
A referência sobre a operação, deflagrada em 2010 pela Polícia Federal, é ao ex-governador Waldez Góes (PDT), preso por suspeita de desvio de dinheiro público dos cofres do estado.
Fonte: G1 Amapá