Não sou dono da verdade, nem pretendo impor a minha verdade aos amigos, mas, como estamos a quinze dias da eleição do 2° turno, convido os companheiros das redes sociais à uma reflexão, sem qualquer conotação partidária ou preferencial.
Talvez não tenham pensado, mas constituímos uma parcela privilegiada da Nação, desde que:
A) tivemos acesso à escola, quando ainda existem ainda milhões de analfabetos totais e funcionais;
B) em grande maioria, dispomos de planos de saúde, enquanto milhões de brasileiros se amontoam na porta de instituições públicas de saúde no aguardo de uma consulta ou da marcação de uma cirurgia eletiva e profissionais de medicina se recusando a trabalhar em unidades de saúde pública no interior, sob o pretexto de que não lhes proporcionam as devidas condições de trabalho e aí castigam a população (cabe um reparo: sou do tempo em que meus filhos nasceram em casa e nunca médico algum recusou o encargo);
C) temos mesa farta, quando ainda 13 (treze) milhões de patrícios não conseguem garantir – no dizer de Miguel Arraes – “sequer um cuscuz no café, no almoço e no jantar !”;
D) temos residência em casas de alvenaria saneadas, eletrificadas, em ruas delineadas e até em “privês”, quando milhões de cidadãos vivem em condições sub-humanas nas favelas, invasões, casas de papelão e palafitas que consagram a civilização de caranguejos apregoada por Josué de Castro;
E) índices assustadores e crescentes dos crimes, e os políticos ainda discutindo sobre a esfera do poder responsável pelo combate à violência global; etc. e botem eteceteras nisso!
É axioma e dispensa fundamentação. Não conseguiremos modificar as práticas políticas sem o aperfeiçoamento global da sociedade! E como aperfeiçoá-la se nas simples relações da cidadania não se cultivam as boas regras? Estamos cumprindo o papel que nos cabe nessa concertação social ?
Deploro muito e ainda não cansei de reclamar e lembrar aos companheiros das redes quanto ao comportamento das chamadas redes sociais. Estamos parecendo tropas de guerrilha organizadas, planejadas e adestradas para a grosseria, violência, ofensas e agressões.Não debatemos, agredimos. Não discutimos, vociferamos. Não argumentamos, usamos linguagem chula. Não cumprimentamos, jogamos palavrões. Não usamos razões, distribuímos inverdades. Não justificamos nossos erros, tentamos universalizá-los. Pobreza de argumento e riqueza de deboches. Pobreza de civilidade e riqueza de xingamentos. Pobreza de educação doméstica e riqueza de violenta selvageria.
Qualquer hora dessas, vamos ter que tirar as crianças da sala, para se permitir a leitura dos nossos comentários na rede. Quem me conhece sabe que tenho um monte de defeitos, mas não sou um velho abusado, ranzinza ou um “Lunga” da vida!
Com toda a humildade APELO PARA OS QUERIDOS AMIGOS E COMPANHEIROS DA REDE para modificarmos nossa postura neste admirável instrumento tecnológico e, assim, garantir nossa contribuição para o aperfeiçoamento do corpo social brasileiro.
Acima de tudo e de todos os interesses pessoais, VIVA NOSSA PÁTRIA BRASIL !
Do amigo, Ivan Rodrigues!