Alguns políticos, artistas, pensadores, etc, conseguem se manter vivos após suas mortes. O que dizer de Elvis Presley e Raul Seixas na música? Marx, Freud, etc. A influência futura transcende a ausência física.
Na política temos o Peronismo na Argentina e até Fidel em Cuba (que tá vivinho). No Brasil, impressiona a força do Lulismo (embora este ainda esteja bem vivo também), o Getulismo, etc. Nos estados temos também a força de nomes que viraram mitos, é o caso do Brizolismo ainda presente e até o Arraesismo em Pernambuco.
Não estão em debate as questões ideológicas, mas o legado post-mortem, que permanece vivo.
E acredito que estamos vendo nascer um novo Eduardismo, não mais com a força de um governante, mas como disse seu filho João Campos, em seu debut como figura política aqui no Agreste, o ex-governador se transformou em suas ideias, mostrou o norte, virou o farol.
Este discurso, casado com a eleição de Paulo Câmara com o maior percentual do Brasil, e ainda o comando do Recife, acaba gerando uma nova conjuntura política no estado, onde os políticos vão para as assembleias e técnicos de "carreira" no serviço público assumem o comando dos executivos. Este contexto local era somente parte do que chamava de nova política, num conjunto de propostas que queria desalojar nomes como Sarney, Collor e Renan do Congresso. Queria um novo modelo de gestão nacional, a exemplo do que fez em Pernambuco, com tantas estatísticas, metas e reuniões de monitoramento, para cobrar diariamente as mudanças estruturais que o estado precisava. Deu certo!
O Eduardismo em Pernambuco muda de cara, sai um governador de comando firme e de empatia popular fora do comum, e nasce um mito, jovem, competente e que formou um time para levar adiante seu estado.
Nossa sede do Governo do Estado nunca foi tão Palácio dos Campos!... das Princesas.