domingo, 2 de novembro de 2014

Bullying em escola de Garanhuns

Olá Ronaldo,

Sou o Luciano Rodrigues de Souza, moro em Garanhuns e trabalho na Petrobras. É com lágrimas nos olhos que escrevo este texto, pois o meu filho, 13 anos, aluno do 8º Ano de uma escola tradicional da cidade, foi espancado dentro da sala de aula, em um mix de incompetência da escola e/ou da professora e intolerância dos alunos. O caso aconteceu na quarta-feira, dia 22, e eu estava trabalhando no Rio de Janeiro.

O Fato: A turma de meu filho tem 47 alunos, e na aula, a professora teve a brilhante ideia de sugerir aos alunos que informassem quem estava conversando ou bagunçando, e o prêmio seria um ponto (depois de 11 alunos serem expulsos da sala). O meu filho informou que outro colega também estava conversando, e prontamente este também foi expulso. Na sequência, terminou a aula e a professora saiu, e outro deveria vir, porém demorou mais que 20 minutos para entrar na sala, então, a seção de pancadaria começou. O aluno que foi expulso por último, junto com outro aluno, que não havia sido expulso, arrastaram meu filho pelos pés, com pontapés e chutes na cabeça, e muitos socos, e só pararam quando uma colega entrou no meio e segurou os intolerantes. 

Gostaria de sugerir também o assunto bullying para seu blog, com a intenção principal de mostrar os caminhos legais do Ministério Público e Conselho Tutelar, pois a escola, os professores e os alunos, fazem o que fazem por falta de conhecimento dos pais. 

Não tenho interesse em expor a instituição, solicito por favor que seja utilizado o nome de uma escola de renome em Garanhuns, contanto faço questão que seja dito o meu nome para que os que me conhecem saibam o que de fato aconteceu.

Temos audiência marcada no Ministério Público na terça-feira. Deixarei você informado.

Agradeço, 

Seu leitor diário,

Luciano Rodrigues
.

AGORA COMIGO: O bullying tem sido cada vez mais comum, e os pais devem conversar com seus filhos. Infelizmente, neste caso, contou com a provocação, mesmo inconsciente, da professora, que premiou quem pudesse delatar os colegas indisciplinados. Foi com o filho do Luciano, como poderia ser qualquer um outro que vislumbrasse a chance de ganhar um ponto. Entretanto, diante dos colegas expulsos, foi visto como uma espécie de traidor, mesmo que só objetivasse uma melhor nota na caderneta.

A violência está em todos os lugares, onde menos se espera, e cabem aos responsáveis criar e ampliar mecanismos que possam impedir este tipo de atitude. A supervisão e as práticas pedagógicas, neste caso, falharam, principalmente em se tratando de uma grande escola particular do município, com melhores condições de oferecer a segurança interna aos seus estudantes.

Se doze alunos estavam expulsos, caberia uma maior atenção à turma naquele momento.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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