Um dos cargos mais importantes do país, que comanda a Fazenda Nacional, nem sempre é uma pessoa conhecida, ou que esteja na mídia, mas com a campanha eleitoral ainda na memória, quando foram apontadas as quedas da nossa economia, que levaram Dilma à substituição do atual ministro Guido Mantega por Joaquim Levy, é bom a gente saber pelo menos alguma coisa sobre o homem das finanças.
Dilma criticou Marina Silva por sua ligação com Neca Setúbal, que coordena as ações sociais do Banco Itaú, no entanto foi buscar no Bradesco o seu Ministro da Fazenda, e olha que o preferido era o próprio presidente do banco, Luís Trabuco, que recusou.
Sucessor de Guido Mantega, Joaquim Vieira Ferreira Levy, atual diretor-superintendente do Bradesco Asset Management, braço de gestão de recursos do Bradesco. chega ao Ministério da Fazenda com a missão de recuperar o crescimento da economia e sinalizar ao mercado mudanças na política econômica. Joaquim Levy é pessoa próxima de Armínio Fraga, tão criticado por Dilma durante a campanha. O mercado espera que Levy possa tomar algumas medidas imaginadas que Armínio colocaria em prática.
Desde que seu nome surgiu como um dos possíveis sucessores de Guido Mantega, o mercado reagiu com otimismo. A Bovespa voltou a operar em alta e a flutuação do dólar foi contida. Agentes econômicos acreditam que Levy tem condições de tomar medidas para fazer a economia do País voltar a crescer a taxas consideráveis, além de o governo cumprir a meta fiscal anual.
Nos bastidores, sua proximidade com Armínio Fraga, que seria ministro da Fazenda em caso de vitória de Aécio Neves (PSDB) nas eleições deste ano, pegou de surpresa alas mais resistentes do PT. O senador tucano chegou a dizer que Levy na Fazenda seria o mesmo que colocar um agente da norte-americana CIA no comando da soviética KGB.
Joaquim Levy participou do governo Fernando Henrique Cardoso como secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, cargo para o qual foi nomeado em 2000. Um ano depois, assumiu o posto de economista-chefe do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Já no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve à frente do Tesouro Nacional na gestão do ex-ministro Antonio Palocci. Na época, o primeiro presidente petista buscava, com a nomeação de Levy, conquistar a confiança do mercado, em ato similar ao realizado agora pela presidente Dilma Rousseff.
Joaquim Levy é um dos nomes questionados por intelectuais de esquerda que acreditam que Dilma está dando uma guinada à direita, com Levy e Kátia Abreu, na Agricultura, ela que é ligada aos capital ruralista.
O mercado gostou de ambos.
Sobre informações do TERRA ECONOMIA