Enquanto Eduardo Campos criou uma nova forma de gestão, baseada em cobranças contínuas, monitoramento, estatísticas e reuniões com equipes inteiras, Dilma deixa o governo solto. Pra se ter uma ideia, tem vários ministros que ela ainda não recebeu este ano. Pois é! Como ter controle de uma administração assim? Estamos em dezembro, e fora as raras reuniões ministeriais, alguns dos titulares não foram chamados uma vez sequer.
Exemplo: O Ministro da Previdência, Garibaldi Alves, voltará ao senado, sem ter feito uma única audiência com a Presidente da República. Dilma não despachou uma vezinha sequer com o titular de uma das mais importantes pastas da Esplanada.
E não somente Garibaldi.
O Ministro do Turismo, Vinícius Lage, da conta de Renan Calheiros, também não esteve com Dilma. É provável que ela nem o conheça.
Tem mais: Eduardo Lopes (Pesca), Manoel Dias (Trabalho) e Clélio Diniz (Ciência e Tecnologia). E são apenas exemplos. Se for contar quem só esteve lá uma vez, a fila é grande. São mais de 40 ministérios, e a maioria dos ministros ocupa o cargo e responde mais ao seu partido que ao próprio governo. Tudo retalhado.
Com relação a alguns desses ministros aí, é bem provável que a presidente esteja igual a muitos de nossos leitores. Nunca ouviu falar. O partido indica, ela aceita, e pronto.
Explica-se como mesmo Presidente do Conselho da Administração da Petrobras, Dilma deixou passar esta rede de corrupção toda. Parece acompanhar as coisas muito à distância.
Por isto Paulo Roberto Costa, delator do escândalo da Petrobras, disse que existe corrupção nos portos, aeroportos, empresas públicas, ... Se na Petrobras, que Dilma monitorava, estava assim...