E a Transposição do Rio São Francisco, cadê?

Na propaganda eleitoral, transposição era quase realidade

Já se vão seis meses desde a eleição para presidente, vencida por pequena margem por Dilma Rousseff. Na época, e meses antes, a imprensa nordestina recebia constantemente notas oficiais sobre a Transposição do Rio São Francisco. Semanalmente.

Ministros chegaram a vir ao sertão inspecionar e "inaugurar" alguns eixos. A propaganda foi tão bem feita que pareceu que estava tudo terminado e o drama da água teria fim no Nordeste. A água jorrava com sorrisos feitos para a televisão, até Dilma e Lula vieram dar uma olhada e gravar para o Guia.

Passada a eleição, voltamos à triste realidade.

O Nordeste vive quatro anos seguidos de uma estiagem que já dizimou rebanhos e plantações, deixando rastros de tristeza, empobrecimento, desemprego e dívidas. Muitas dívidas.

O Governo Federal já não fala mais de transposição, nem mesmo de repensar definitivamente um plano que possa impactar positivamente a produção agropecuária na região. Por enquanto, está somente remediando.

E a transposição tá com a gota!

Na capa do Jornal do Commercio deste domingo, o drama é mostrado com amplitude: Barragens em situação crítica. Poços vazios. Dependência de carros-pipa. Etc.

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