O PT é o partido do governo nos últimos 12 anos e meio, mas nunca se sentiu tão desconfortável como agora. A presidente Dilma, para tentar consertar seus próprios erros na condução econômica, precisou dar uma guinada à direita, entregando ministérios a representantes de setores antagônicos à história petista.
Mas, para o PT, o pior está só começando.
Para tentar barrar o impeachment na Câmara dos Deputados, Dilma vai usar a reforma ministerial para dar pastas importantes ao peemedebistas, tirando-os do PT. É o caso do imponente Ministério da Saúde.
Na agricultura, indústria e economia, o PT vê o país sendo conduzido pelo patronato nacional, em pleno governo petista de porta de fábrica.
Mas tem mais bronca.
Na reforma ministerial de Dilma, pastas consideradas conquistas históricas para mulheres, negros, índios, ... Por tratarem das minorias, podem ser unidas em uma só pasta, no Ministério da Cidadania, entregando-o a Miguel Rosseto, homem branco.
Por fim, Joaquim Levy sofre com o fogo amigo dos petistas que querem sua cabeça.
O PT debita na conta do ministro a queda dos investimentos sociais e uma política econômica distante do socialismo, com o liberalismo que marca os governos tucanos. Aliás, Levy é cria do Bradesco.
Mas não sabem que o ministro só está tentando consertar as barbeiragens que endividou o país, com uma política econômica frouxa que desestabilizou o governo.
Se nem o PT aprova Dilma e seu governo, estamos ferrados.
Economistas do partido participam da elaboração do documento “Por Um Brasil Justo e Democrático”, contendo subsídios para a elaboração de um projeto de desenvolvimento nacional e uma análise crítica das atuais políticas do governo.
Vale lembrar que muita gente no partido começa a achar que Lula só tem chances em 2018 longe de Dilma.
